Publicidade
Notícias

Adeus a uma grande estrela do basquete

Publicidade

O advogado e professor de educação física, Augusto Vasconcelos, mais conhecido como Guguta, uma das grandes estrelas do basquetebol brasileiro, faleceu aos 87 anos, domingo (08/04), sendo sepultado nesta segunda-feira, às 10h, no cemitério Parque da Colina, em Niterói.

O niteroiense, uma figura querida na cidade, começou sua trajetória no Icaraí Praia Clube (IPC), jogou em Belo Horizonte e no Rio, onde ficou conhecido quando no último segundo da decisão do Campeonato Carioca de 1955, com o Flamengo perdendo para o Sírio Libanês, ele arremessou a bola de longa distância e fez a cesta que deu mais um título à equipe rubro-negra, comandada por Canela. O presidente do clube, Gilberto Cardoso (que dá seu nome ao Maracanãzinho), morreu em seguida, sofrendo um enfarte fulminante.

José Luiz Coimbra de Melo, o Iso, que também jogou no Flamengo em uma geração posterior, disse que Niterói foi no passado um celeiro de jogadores de basquetebol para os times do Rio, destacando-se Mário Hermes; Fernando Brobó, campeão Mundial; Guguta, um destaque nacional, e tantos outros craques que elevaram o nome do esporte da cesta pelo Brasil.

— Foi uma grande perda; Guguta ajudou a fundar a Liga dos Veteranos do Basquetebol, além de ser uma figura excepcional, como ser humano — disse Coimbra de Melo.

Há três anos, Guguta visitou a sede do Flamengo, na Gávea, e doou parte de seu acervo pessoal para o clube. O ídolo guardava notícias da época relacionadas não só ao basquete, mas ao Flamengo também. Recortes, revistas e jornais foram deixados por Guguta no Patrimônio Histórico do Flamengo.

– O basquete na década de 50 era o segundo esporte nacional. Acabávamos de participar da Olimpíada de Helsink, na Finlândia, em 1948. Algodão era protagonista naquele time e mais tarde jogou com Guguta no Flamengo. Niterói era a capital do Estado e o basquete era muito concorrido. As quadras dos clubes ficavam lotadas de gente – diz Coimbra de Melo.

Ele lembra que Guguta jogava no IPC, mas Niterói tinha ainda basquete no Regatas Icaraí, no Praia das Flechas, Clube Central, Gragoatá, Canto do Rio e no Fluminense Praia Clube.

— Todos tinham ótimos jogadores que faziam frente aos times do Rio de Janeiro. Nesse cenário Guguta despontava. A Federação Fluminense de basquete era dirigida pelo jornalista Silvio Fonseca, do jornal “O Fluminense – conta.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

Caos na saúde infantil: Getulinho manda crianças buscarem socorro em SG

Prefeitura de Niterói já entregou, este ano, R$ 58 milhões para OS fazer a gestão…

2 dias ago

Cientista niteroiense tem brilhante carreira reconhecida internacionalmente

Renato Cotta toma posse no MAE Alumni Hall of Fame da North Carolina State  University…

4 dias ago

Desembargador niteroiense desafoga o TJ com mediações amigáveis

Desembargador César Cury defende a mediação como a melhor solução para a resolução de conflitos Só este…

5 dias ago

Dicas para os cariocas aproveitarem o feriadão do G20 em Niterói

Do pátio do MAC, na Boa Viagem, descortina-se um leque de opções para o visitante…

1 semana ago

Pinheiro Junior faz 90 anos buscando a verdade como a melhor notícia

Pinheiro Junior com a beca dos imortais da Academia Fluminense de Letras, no dia de…

1 semana ago

Grael vai à Conferência de Clima enquanto Niterói alaga com pouca chuva

A Rua Presidente Pedreira, no Ingá, mais uma vez vira um rio, mesmo quando a…

1 semana ago
Publicidade