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Estado deixa Azevedo Lima à míngua

Escrito por Gilson Monteiro às 17:25 do dia 16 de maio de 2018
Sobre: Hospital pode parar
16maio

Médicos, enfermeiros e o pessoal administrativo do Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), no Fonseca, em Niterói, está há dois meses sem receber salários e ameaçam entrar em greve. Este é o único pronto-socorro público que a população niteroiense dispõe e ainda divide com moradores de municípios vizinhos.

Em mensagem distribuída aos funcionários, a organização social de saúde Instituto Sócrates Guanaes (ISG), contratada há mais de cinco anos para fazer a gestão do hospital, informa que o governo do Estado lhe repassou apenas R$ 7 milhões dos R$ 15,123 milhões devidos e, por isso, foi priorizada a compra de materiais e medicamentos e um pagamento mínimo a fornecedores de serviços essenciais que também estão há meses sem receber.

O médico André Guanaes, presidente do ISG, diz que “o recurso não foi o suficiente para o pagamento da folha”, e voltou a cobrar “o repasse mínimo solicitado, de R$ 20 milhões”, para pagar aos funcionários.

— O grau de inadimplência da Secretaria Estadual de Saúde com o contrato se tornou vultoso. Temos informado mensalmente à secretaria sobre a difícil situação do Heal, por meio de ofícios e audiências com o governador e o vice-governador. Chegamos a um momento crítico, há meses sem receber recursos mínimos necessários ao pagamento de materiais, medicamentos, fornecedores e impostos – disse Guanaes.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Clovis Cavalcanti, o ISG ainda não pagou parte do 13º salário de 2016, assim como a totalidade do 13º do ano passado; estaria há seis meses sem efetuar depósitos no Fundo de Garantia (FGTS); e o hospital vem enfrentando o desabastecimento de equipamentos e de medicamentos. O tomógrafo está quebrado desde o ano passado.

Para o médico sindicalista, “as OS não possuem lastro. Fazem contratos com o governo, que não paga e a organização deixa de pagar aos médicos. Faltam medicamentos, equipamentos e salários. E a população doente fica sempre prejudicada. Os médicos atendem os pacientes sem as mínimas condições”.

Em 2017, o Heal, que conta com 242 leitos, prestou mais de 69 mil atendimentos, que resultaram em 472 mil exames; 2,6 mil intervenções cirúrgicas; 9,5 mil internações; e 3,5 mil procedimentos obstétricos.

 

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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2 thoughts on “Estado deixa Azevedo Lima à míngua

  1. Com certeza, os donos das “OS” continuam cada vez mais ricos com o dinheiro público, pois, com certeza, a parte deles já foi retirada. Os governos, em todas as esferas, terceirizam a Saúde Pública não para prestar serviço de excelência, mas para desviar os escassos recursos que investem na Saúde Pública!! Este é o Brasil que temos hoje!!

  2. ENQUANTO ISSO… PICCIANE E SEUS AMIGOS CONTINUAM A RECEBER SEUS SALÁRIOS NA CADEIA.
    Outubro está chegando NÃO REELEJA políticos profissionais.
    VOTEM EM OUTROS POLÍTICOS
    NÃO VENDA NEM TROQUE SEU VOTO. NÃO DEIXEM ISSO CONTINUAR.

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