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Prole pagou mensalão em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 16:52 do dia 6 de novembro de 2017
Sobre: Lava Jato
06nov

Renato Pereira (esq) pagava mensalão a André Felipe (centro) que é secretário de Rodrigo Neves

O ex-secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Niterói, André Felipe Gagliano Alves, recebia um mensalão de R$ 20 mil da agência Prole Serviços de Publicidade, denunciou um dos sócios da empresa, Renato Pereira. O publicitário disse ainda, em acordo de delação premiada na Lava Jato, que a contratação da Prole foi feita através de licitação fraudada. Este contrato vem sendo renovado desde o primeiro governo do prefeito Rodrigo Neves.

Gagliano hoje é coordenador geral de eventos da prefeitura. Era ele quem assinava contratos do município com a Prole, representando a Secretaria de Governo do município.

Domício Mascarenhas, que atuou como coordenador das campanhas do prefeito e foi seu secretário de Obras, recebeu R$ 60 mil mensais, segundo a denúncia feita pelo marqueteiro Renato Pereira, “para compor o caixa 2 da prefeitura” em 2013.

No acordo de colaboração homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pereira contou que Gagliano atuou diretamente para que a Prole fosse escolhida agência responsável pela comunicação oficial da prefeitura e, até julho de 2016 recebeu R$ 20 mil mensais. Segundo o marqueteiro, os valores eram entregues por seu sócio, William Passos.

Desde fevereiro deste ano, o publicitário João Henrique Kalache Alves, que trabalhou até então na Prole, é o coordenador geral de Comunicação Social da prefeitura de Niterói e quem fiscaliza a execução dos serviços prestados pela agência de publicidade.

A Prole, que já funcionou em um casarão na Urca, hoje está instalada em uma sala no Centro do Rio de Janeiro. Já teve contratos suspensos pelo governo do Estado e pela Prefeitura do Rio e foi considerada inidônea pelo Ministério dos Esportes, mas continua tendo seus contratos renovados por aditivos em Niterói.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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3 thoughts on “Prole pagou mensalão em Niterói

  1. Se a empresa é considerada inidônea por um ministério e mesmo assim possui contratos aditados pela PMN não seria um caso do MPE agir?

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