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Calçada se esfarela em frente a túnel

Escrito por Gilberto Fontes às 12:11 do dia 17 de março de 2017
Sobre: Obra meia sola
17mar

Em frente às bocas do túnel Charitas-Cafubá, calçadão da estação dos catamarãs que passou por manutenção em dezembro está se esfarelando / Foto Kinita Gold

Bem em frente ao túnel aberto na rocha do Morro da Viração, mas até hoje fechado ao trânsito em Charitas, o calçadão de acesso à estação dos catamarãs está se desmanchando todo. Segundo engenheiros, a concretagem do calçadão deve ter sido feita com mais água do que o indicado, ou o traço de cimento e areia estava errado.

Pelas redes sociais, a internauta Kinita Gold pergunta: “Alguém sabe que cimento é esse que acaba de ser colocado e logo se desmancha na calçada que fica em frente ao catamarã e ao túnel que ninguém pode usar?”. 

Conforme o cronograma de obras da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), o passeio da Avenida Prefeito Sylvio Picanço já entrou 53 vezes na lista de manutenções realizadas e paralisadas desde 2015. A mais recente foi feita em dezembro último, às vésperas de o prefeito Rodrigo Neves fazer uma festa de “entrega” do túnel (“não é inauguração, disse ele no dia 22 de dezembro).

Segundo o engenheiro Bruno Noal recomenda no site da Votorantim Cimentos, evitar o esfarelamento não é uma tarefa complexa, mas exige cuidados básicos como usar materiais de qualidade; utilizar a quantidade exata de água especificada, assim como obedecer aos traços adequados; bem como o tempo de cura do concreto.

O especialista acrescenta que, “quando em excesso, a água acaba exsudando e enfraquecendo o concreto, levando ao esfarelamento. Provoca uma fraca ligação entre os componentes, deixando o material mais suscetível a uma segregação, que tenderá a fazer com que seus agregados fiquem soltos ou fáceis de remover. A exsudação ocorre nas primeiras idades do concreto, mas pode comprometer sua durabilidade ao longo dos anos”.

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Gilberto Fontes
Repórter do cotidiano iniciou na Tribuna da Imprensa, depois atuou nos jornais O Dia, O Fluminense (onde foi chefe de reportagem e editor), Jornal do Brasil e O Globo (como editor da Rio e dos Jornais de Bairro). É autor do livro “50 anos de vida – Uma história de amor” (sobre a Pestalozzi), além de editar livros de outros autores da cidade.
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