Quem passa pelo Trevo de Piratininga, com destino a Camboinhas e a Piratininga, não imagina a luta diária do casal Ana Cláudia e Paulo para manter a casa número 1, da Avenida 12, onde funciona há 16 anos, a Associação dos Colaboradores e Amigos dos Pacientes Especiais (Acape). Ė que atrás daquele muro são muito bem cuidados 29 pacientes especiais, dentre os quais 19 jovens têm na casa sua residência fixa e outros dez ali vão diariamente participar da convivência assistida.
Ocorre que o Governo do Estado, através da Fundação para a Infância e a Adolescência (FIA), assumiu o compromisso de pagar um salário mínimo pelo atendimento a cada um dos 19 pacientes moradores, mas desde junho do ano passado a Acape não recebe nada.
Agora, a FIA foi extinta e o Governo do Estado, além de não pagar os atrasados, não vai mais cumprir o compromisso. A Acape vive da contribuição individual de alguns abnegados e sem o apoio do Governo do Estado vai ter dificuldade para manter seu projeto. Tem a despesa com o aluguel da casa, os empregados, luz, água, encargos sociais, alimentação, remédios e outros custos extras.
A Secretaria de Assistência Social de Niterói nunca deu as caras por lá, mas tem um exército de funcionários que não cumprem a missão para as qual foram nomeados. O prefeito Rodrigo Neves ganharia mais respeito se ajudasse uma entidade séria como essa, em vez de gastar R$ 5 milhões com a FSB Estratégia em Comunicação, para manter uma pequena assessoria de imprensa, e gastar mais R$ 15 milhões com a Agência Prole, de publicidade. Isso é que seria gastar bem, ajudando um grupo de jovens com problemas especiais, a maioria largada nas ruas e acolhida por Ana Cláudia e Paulo, um casal maravilhoso.
Prefeito Neves um gesto especial de consideração a ACAPE