Quando o caixão de alças douradas baixava com o corpo do irmão Amadeu no jazigo 71, da quadra 65, do Jardim das Rosas, no Parque da Colina, eu pensei: ali estava sendo sepultado o maior símbolo religioso educacional de Niterói. Antes, a irmandade São Vicente já havia transferido suas últimas quatro freiras do colégio da Miguel de Frias para um hospital da Congregação na Tijuca. Ninguém imagina o que tais perdas representam para a cidade. O irmão Amadeu já ia completar seis décadas de sua chegada a Niterói, onde com seu carisma, humildade e inteligência foi conquistando a todos que lhe amavam como pai, irmão, conselheiro e amigo inseparável.
Nós tivemos o privilégio de privar de sua irmandade, por isso ficava sabendo de muita coisa desse homem santo. Levava uma vida de franciscano, gostava de andar de sandálias com meias. Me confessou certa vez que não tinha salário, mas poderia tirar o que precisasse para as suas despesas pessoais, o que raramente fazia.
Morava num quarto modesto, tinha aversão ao luxo e à ostentação. Na sua última vinda a Niterói, pois estava em fase de recuperação em Porto Alegre, ele me disse: “Eu não aguento mais o silêncio da Casa Lassalista de Porto Alegre, gosto mesmo é do barulho dos jovens,principalmente na hora do recreio, onde muitas crianças aparecem para me beijar e abraçar. Também sinto falta do papo dos amigos que me vêm visitar no gabinete”.
Eu acho que por tudo que este homem de Deus fez pela comunidade lassalista, deixando como legado toda aquela estrutura educacional da Roberto Silveira, criada graças aos seus esforços e dinamismo, deva receber agora o nome de “Complexo Irmão Amadeu”, em homenagem ao seu grande benfeitor.
Gilson, calma… o Irmão estava melhor em Porto Alegre do que aqui. Aqui não tinha mais estrutura pra ele. Ja tinha 96 anos. Ele descansou. Sentiremos muitas saudades. Ele foi realmente um grande exemplo pra todos nós! Grande mestre, seguiu realmente o exemplo se São João Batista de La Salle! E com certeza está muito feliz pois muitos dos que viveram mais próximos a ele estavam na terça reunidos em oração, como ele gostava tanto de fazer.
O sistema educacional Niteroiense, perdeu um dos seus maiores notável de todos os tempos, homem de um simplicidade impar, sempre solicito em ajudar todos os que precisavam de sua ajuda. Descanse em paz em sua nova morada querido irmão Amadeu!
Falar do Ir. Amadeu é para mim é um privilégio, pois sou funcionário da instituição a 15 anos e tive a oportunidade de trabalhar com ele que era umas das melhores pessoas que já conheci, sábio, atencioso, generoso e acima de tudo um ser humano que amava a Deus.
Só tenho que dizer, muito obrigado ir. Amadeu!!!!!!!!!!!!
O irmão Amadeu semeou e cultivou o amor pleno! Tenho uma filha de 8 anos e em toda oportunidade ela ia visitar com outras amigas da turma o irmão Amadeu, e sempre comentava quando chegava em casa. Que gostava de ir visitá-lo, e sempre ganhavam um bombom como gentileza pela visita! Ah irmão Amadeu como vai fazer falta para essas crianças, mas temos certeza que está em paz nos braços do Senhor
Vai fazer falta! Muito além de educador, ele era amigo. Nossa , quantas vezes tirou os juros das mensalidades atrasadas de meus filhos. Bondoso, risonho. ..que dó!
O prefeito deveria colocar o novo túnel do cafuba com o nome do irmão Amadeu.
Eu, como niteroiense, agradeço de todo o meu coração a escolha da nossa cidade para a sua última morada, Irmão Amadeu.Fui muito feliz na nossa convivência de quase 60 anos, recordei momentos de grandes emoções vividos ali, naquele que é, sem dúvida nenhuma, o colégio mais bonito de Niterói!! Descanse em paz meu grande e inesquecível amigo!!!
Homenagem mais do que justa.
Era uma unanimidade !
Que se perpetue o seu nome em Niterói, graças ao seu carisma, esforço e dedicação !
Que vá em paz, sem escalas para o segundo andar.
Irmão Amadeu, fez parte da minha família. Igual não terá.Passava a Semana Santa, em São Lourenço. Foi visitar minha família em Lambari.
Horário marcado, não apareceu.Preocupada, desliguei a panela da canjica, peguei a bicicleta e fui procurá-lo na estrada. Vi um carro, parado, pedindo informações. Lá estava sentado no banco do carona, ele. Carro adiante e eu, seguindo atras com a minha velha bicicleta . O carro, óbvio, chegou primeiro. Eu, exausta, joguei-me na grama.
Irmão Amadeu, deu uma gargalhada é daquele dia em diante passou a chamar-me de Lucia bicicleta e toda vez dizia que nunca iria esquecer aquele dia. Quando nos encontrava no ABEL perguntava logo onde estava s bicicleta . Fiquei traumatizada como cozinheira de canjica. Ofereci- lhe a canjica e, ele, educadamente, comeu até o fim. Mais tarde, percebi que a canjica não estava macia pois para procurá-lo na estrada, tirei-a do fogo antes do tempo. O calor não permitiu que fosse ao velório de BICICLETA!