
Aplaudida pelos usuários, a redução da tarifa do catamarã Charitas-Praça XV não parece ter resolvido um grave problema de mobilidade urbana em Niterói. O trânsito continua congestionado durante o rush matinal, contrariando a previsão do prefeito Rodrigo Neves, de que com a passagem menos cara ele tiraria “cinco mil carros das ruas da cidade”.
As câmeras da Nittrans mostravam, em torno das 7h da manhã desta segunda-feira (24), intenso fluxo de veículos na saída do túnel Charitas-Cafubá; no acesso e no interior do Túnel Raul Veiga (São Francisco-Icaraí) e igualmente bastante carregado na Avenida Roberto Silveira.
A prefeitura não apresentou nenhum estudo demonstrando que a redução da tarifa dos catamarãs – de R$ 21 para R$ 7,70 –, feita através de R$ 20 milhões de subsídios pagos com royalties do petróleo, melhoraria o trânsito de Niterói. Pelo contrário, o prefeito Rodrigo Neves agora comemora dizendo que o número de passageiros aumentou 72%, passando o fluxo diário de 3.500 para 6.000 usuários na linha Charitas-Praça XV.
Tudo como d’antes
As câmeras da Nittrans registravam na manhã desta segunda-feira (24) um fluxo intenso entre a chegada do túnel Cafubá-Charitas e o tráfego por São Francisco e Icaraí.
A travessia funciona de segunda a sexta-feira, com partidas entre 6h30m e 20h10m no sentido Charitas–Praça XV e das 7h às 21h no sentido Praça XV–Charitas. Os intervalos são de 20 minutos. A linha não opera entre 12h e 16h, e não há circulação nos fins de semana e feriados.


Tem que fazer como em Londres e quem circular/ parar em determinados lugares, pagará uma tarifa extratosférica…só assim para nos reeducarmos. Cidade é pequena geograficamente e com muitas pessoas de renda suficiente para ter carro, dificulrando ainda mais a situação.
Não foi por falta de aviso. O PL tinha me solicitado parecer e eu tinha avisado: que a captação de demanda aumentaria pelo menos em 53% e que, mesmo se fosse de 120%, hipótese máxima considerada pelo estado considerando a capacidade do terminal, a iniciativa só retiraria 1,7 automóveis/minuto/faixa no pico da manhã, ou seja: 300 automóveis/hora e que isso sequer seria perceptível, pois equivale apenas a menos de 7% da capacidade da Roberto Silveira e a menos de 4% da demanda reprimida de tráfego do corredor, isto é: do excessivo número de automóveis que aguardam nas perpendiculares da Roberto Silveira para ingressarem na via. Portanto: a única coisa que o fato prova é que não serve pra nada um Secretário de Mobilidade, salvo colocar o Prefeito nesse papel ridículo de não cumprir o que promete. Mas mostra também que Niterói tem uma oposição que, mesmo informada da causa do problema de mobilidade na cidade – que é a imperícia da Secretaria de Mobilidade – continua deixando de fazer o que precisa ser feito: pedir a cabeça dos responsáveis. O próprio juiz da 7a. Vara Cível declarou no processo sobre a tarifa dos ônibus e do subsídio que a prefeitura tem sido incapaz de dar as respostas necessárias em matéria de mobilidade (e eu já falo disso há mais de 10 anos). A própria FGV, em 2017, apontou a causa da alta tarifa de Niterói: o consórcio Ingá fazia uma quilometragem média mensal da ordem da metade do protocolo técnico. Bastaria botar os ônibus para circularem na proporção certa que a tarifa cairia 26%. Nada foi feito, a tarifa não caiu e hoje ainda pagamos um subsídio de R$ 0,70 (16% a mais que a tarifa de R$ 4,45).
Após a diminuição do valor da passagem passei a pegar o catamarã pois moro em Itaipu, aumentou o número de passageiros mas o número de ônibus na linha ôceanica continua o mesmo, não colocaram ônibus extras para uma maior quantidade de passageiros, é um verdadeiro empurra- empurra para entrar, para piorar colocaram um gradil na pista atrapalhando o acesso ao terminal de ônibus de Charitas, os sinais são mal sincronizados levando quase 5 minutos para abrir, e para piorar o catamarã anda a passo de tartaruga quando está chegando a Charitas, quase dez minutos em velocidade reduzida, já estou pensando em voltar para a barca, pelo menos consigo um lugar confortável pegando o ônibus no terminal do centro.
Não adianta diminuir o valor do catamarã e não colocar ônibus suficiente.
Quem mora na região oceânica vem sofrendo com o caos nis ônibus da linha OC3 é um absurdo de cheio.