A encosta da Boa Viagem voltou a deslizar no trecho da praia entre a ilha e o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói. Por sorte, não havia banhistas nem pescadores na areia onde grandes blocos de rocha e algumas árvores despencaram no último fim de semana, após a ocorrência de forte ressaca do mar. O vídeo mostra como ficou a praia.
Técnicos da secretaria de Defesa Civil e Geotecnia chegaram a interromper o trânsito na Avenida Benjamin Sodré, mas logo liberaram a passagem de veículos e pedestres por não considerarem que a pista corria risco de deslizar também.
Desde o Gragoatá e até a Praia das Flechas, a Avenida Benjamim Sodré forma a chamada Via Litorânea – importante via de ligação do Centro a Icaraí – juntamente com as avenidas Milton Tavares de Souza e Engenheiro Martins Romeo.
Moradores da Boa Viagem reclamam já ter feito diversos alertas à prefeitura de Niterói, através do aplicativo Colab, mas não têm recebido nenhuma resposta. Temem que as pistas da Benjamin Sodré possam ficar comprometidas com o deslizamento frequente da encosta da praia.
Em 2023, nos dias 15 de janeiro e 2 de abril a encosta sofreu dois importantes deslizamentos. O primeiro quase vitimou um rapaz que caminhava na areia. O segundo cancelou a realização do evento Yoga na Praia, para evitar algum acidente com os participantes.
Em outubro, a Emusa anunciou a conclusão de obras de contenção da encosta à beira mar localizada entre a Praia das Flechas e a Avenida Engenheiro Martins Romeo, na Boa Viagem, Zona Sul de Niterói. Mas nada fez com relação à ribanceira que vive deslizando.
No trecho da orla vizinha à da Boa Viagem, a Emusa diz ter gastado R$ 2,7 milhões para evitar deslizamentos causados pelo impacto das ondas em épocas de forte ressaca.
Bem, em primeiro lugar, a Defesa Civil de Niterói, me parece não ter profissionais de Engenharia e nem Arquitetura, com formação em Avaliações e Pericias de Engenharia Legal !!! Problema esse corriqueiro nos órgãos municipais, que usam um engenheiro para assinar as Vistorias e intimações realizadas por Técnicos de Edificações, quando a legislação exige nível superior !!! Já o IBAPE e o TJRJ exige para ser Perito, profissionais de nível superior, com comprovação de cursos de pericias complementares ao seu ramo !!!! O resto a mão de Deus segura !!!
Você acredita que os 2,700 milhões foram mesmo usados na obra? Tenho minhas dúvidas.
O poder público de Niterói, vai esperar acontecer uma tragédia para realizar obras de contenção. Infelizmente não existe um trabalho sério de prevenção.