Uma tradição de 40 anos, que passou de pai para filhos, é a Empada do Barbudo, de Gildo Pavese. Ele faleceu há três anos, mas sua deliciosa empada continua sendo vendida pelos filhos Paulo César e Gildásio nas areias das praias de Piratininga, Itacoatiara e Camboinhas e numa carrocinha em frente ao Supermarket, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.
Os dois começaram a trabalhar com o pai ainda criança. Hoje com a irmã Mônica produzem as empadas com receitas da família de camarão com ou sem pimenta, frango, calabresa, carne seca, queijo com cebola, e palmito, a partir das 4 da manhã na casa de Piratininga.
Paulo e Gildásio contam a bonita história de luta e trabalho do pai, que procuram seguir com afinco em tudo, menos em deixar a barba crescer, que atribuem a um trauma que carregam há anos.
Gildásio, capixaba de São Mateus, com 18 anos veio morar no Rio e arrumou emprego de lancheiro num restaurante no Centro. Quatro anos depois, resolveu trabalhar por conta própria, mudando-se para São Gonçalo e passando a vender salgados que fazia com a mulher, na Colônia de Pescadores do Mercado São Pedro, a partir das 3 da manhã, e para os camelôs do Centro que começavam a montar suas barracas a partir das 7 horas.
Depois voltava em casa para buscar com a mulher outra remessa de salgadinhos, para vender fresquinhos na parte da tarde. Em determinado momento, converteu-se ao evangelho, aceitando a doutrina do homem natural, deixando a barba grande, ao mesmo tempo que aumentava a rejeição por parte dos fregueses, atingindo sua receita em mais de 50%.
Desesperado e aceitando o conselho de Lucas, um vendedor de cuscuz, que disse para ele oferecer seus salgados na praia, onde o pessoal tinha a mente mais arejada e não ia se importar se o vendedor usava barba ou não, e sim pela qualidade do produto.
Começou por Camboinhas, onde vendia uma média de 80 salgados e a clientela foi aumentando à medida que iam provando os seus salgados e o seu bom papo em cada parada.
Muita gente ficava aguardando a chegada daquela figuraça de barbas longas com inseparável chapéu de palha pintado de azul na cabeça, que trabalhou até pouco antes de morrer aos 76 anos e gritavam “barbudo quero empada”. Com a preferência pelo salgado de massa recheada, optou em oferecer só esse produto.
Os dois filhos Paulo César, 49 anos, e Gildásio, 47 anos, vestem camisas azuis com a marca “Empada do Barbudo”, orgulhosos do pai Gildo Pavese, com a preocupação de manter o mesmo padrão e qualidade com que ele gostava de servir aos seus amigos e clientes.
Patrimônio de Niterói!!!! Eu e minha família brincávamos que o segredo do sabor era ele mergulhar aquele barbão na fritura… rsrs
Só acho uma pena os filhos ficarem só na empada. O meu salgado favorito do Barbudo sempre foi o RISOLE DE FILÉ DE PEIXE.
Boa tarde !
Mesmo não tido a oportunidade de degustar os produtos ,pois, moro no Rio,fico emocionado só de pensar na tradição sendo mantida.
Sou do tempo do mate Leão e biscoitos globo,depois os sanduiches naturais,queijo coalho.
Parabéns a família por preservar o negócio .
Tive imenso prazer de conhecer o barbudo na praia de piratininga.
Um guerreiro que sempre tratou a todos com respeito e educação.
Suas empadas até hoje são lembradas por mim e meus familiares, ha muito tempo não como uma empada dele mas sem duvida foi a melhor que conheci.
Parabéns aos filhos por continuarem o legado do barbudo, sem duvida uma bela história de vida.
Como não se emocionar com a história do Barbudo. Tenho um grande orgulho te ter conhecido todos. Meu pai tinha um quiosque em Camboinhas no qual trabalhávamos e eles sempre estavam lá. Eles eram amigos. Lá era o ponto de descanso deles. Eu amava todos os salgados mais não deixava de comer o de siri. Era o melhor de todos. Eita saudades! Obrigada por ter feito essa reportagem, sempre bom relembrar os velhos amigos. Deus abençoe a todos!
Adoro empadas e, realmente jamais comi uma empada como a do Barbudo.
A de camarão com pimenta é minha preferida.
Quando vou a Camboinhas fico torcendo prá aparecer o vendedor, de jaleco azul claro, sempre atencioso e cortês.
Obrigado ao Paulo César, ao Gildásio e a irmã por manterem a tradição, nos deliciando com essas iguarias e honrando o nome do pai deles.
A melhor empada que já comi em toda minha vida!
Parabéns a família em manter a tradição.
Eu chamava ele de profeta, ficava um bom tempo conversando com ele ótimo papo , apesar de suas maravilhosas empadas , adorava seus risoles de camarão, um homem temente a Deus.
Que linda homenagem😭,merecidamente,grande homem que tiver o privilégio de conhecer e crescer como pessoa,minha eterna gratidão e saudades que guardarei para sempre em meu ❤️👨🏼🦳👏🏾
A que história linda , já é a segunda reportagem que leio sobre os vendedores da praia ,a primeira foi o ” sanduíche natural do Marcelo” . Por mais histórias assim
Sem sombra de dúvida é a melhor empada que ja comi, e digo isso porque eu sei fazer massa de empadão e empada, e os filhos estão de parabéns por dar continuidade ao trabalho do pai com a mesma qualidade do produto!
Os salgados eram espectaculares..principalmente, o meu preferido, o risoles de camarão.
Nunca comi um melhor que o dele.
Amo comer essa empada na praia a de carne seca maravilhosa. Parabéns a essa família por continuar com a Tradição do pai. 👏👏👏👏
Empadas do barbudo fazendo história e conquistando o coração do povo de Niterói e de mas localidade, eu tenho o imenso orgulho de fazer parte desta história n
Eu a mesma coisa!! É viciante! Sempre que viajo ( e viajo uma vez por mês) trago empadas para os amigos aqui que amam demais!! Amo muito as empadas do barbudo e, na minha opinião, é o melhor salgado que já comi na vida! E olha que já rodei por vários países! Os meninos mantém a qualidade com toda a fidelidade! Parabéns pela linda história!
Com certeza o melhor,como filha tenho orgulho te ter acompanhado de perto esse guerreiro ,herói e grande pai. Agradeço a todos pelo carinho, dedicação e pelas palavras de ânimo a nós decladas.Um grande abraço e saudações a todos os clientes e amigos em nome da ” Empada do Barbudo”.