Niterói perde mais uma de suas grandes figuras vítima da fatídica Covid-19. O engenheiro e professor da UFF Sérgio Antônio Abunahman, 77 anos, pioneiro e grande divulgador de técnicas de avaliação de imóveis, morreu ontem (07/04) no Hospital Niterói D’Or.
Muito respeitado, era chamado para fazer avaliações de importantes prédios, como os do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e do Tribunal Regional Federal, a sede da ONU em Brasília, além de obras de destaque como o BarraShopping, Rio Sul, Plaza Shopping, Fashion Mall, Br Malls, Iguatemi Shopping Center, em São Paulo; muitas redes hoteleiras como o Sheraton, Caesar Park, Sofitel, Othon Palace e o famoso Copacabana Palace.
Competente e eclético, na área naval avaliou, dentre outros, o Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis; as embarcações Crescent Gipsy, Diane Marie (maior barco atuneiro em operação no Brasil, em 1982), Rhonda Sue e Solana Star, este último por solicitação do Conselho Federal de Entorpecentes, tendo sido a primeira embarcação de traficantes leiloada no Brasil. Era perito de confiança dos maiores escritórios de advocacia do país e consultor de grupos empresariais como Brascan, Bozano Simonsen, Multiplan, Pinto de Almeida, RJZ Engenharia, Yamagata, Wrobel, Grupo Jabor, Agenco e muitos outros.
Sérgio era detentor de muitos títulos honoríficos e o único a receber a Medalha do Mérito da Justiça Criminal do Estado do Rio. Membro de entidades de perícias e avaliações do Brasil, com notória especialidade na área de Engenharia Legal e de Avaliações concedida pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e pela Universidade Federal Fluminense, recebeu o título de Destaque de Engenharia Nacional concedido pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos.
Diretor do Crea e conselheiro por seis mandatos, foi diretor do Instituto de Engenharia Legal, hoje Ibape, por 10 anos. Ao lado de outro grande mestre em cálculos, seu grande amigo, o professor Almir Antunes, capacitou milhares de engenheiros e arquitetos nas técnicas de avaliação e de elaboração de laudos periciais. Tem livros publicados em espanhol e inglês, além de ter sido convidado para dar cursos e palestras em várias partes do mundo.
Era perito de confiança de dezenas de magistrados da capital e das comarcas, além de atuar nos Tribunais de Justiça do Estado, Federal e do Trabalho, tendo sido o coordenador e professor dos Cursos de Extensão em Engenharia Legal e de Avaliações da UFF, e coordenador da mesma especialidade na PUC.
Deixa viúva Heloísa Abunahman e as filhas Maria Antônia e Maria Sofia. Sobrinho do ex-prefeito Emílio Abunahman, nunca gostou de ocupar cargo de confiança, aceitando excepcionalmente ser chefe de gabinete do secretário Almir Antunes de Obras e Urbanismo, no governo do prefeito Waldenir Bragança. Mas ficou apenas seis meses, desligando-se do cargo com uma emocionante carta de demissão dirigida a Almir, em que destacava a “dedicação hercúlea” do amigo à cidade que estava na época com a prefeitura enfrentando séria crise herdada de administrações anteriores.
Fico muito triste com a partida do meu professor Sergio Abunahman.
Meu querido professor foi um verdadeiro mestre para mim e fica difícil acreditar que ele não está mais aqui.
Meu coração está de luto.
Quando recebi a notícia, lembrei de tudo que ele me ensinou, de tudo que compartilhamos, de conselhos dele que levarei para a vida.
O mundo hoje ficou mais pobre.
Não se perdeu apenas um Mestre querido, mas também um ser humano maravilhoso que iluminava tudo à sua volta.
É triste saber que pessoas especiais podem ter um fim tão trágico.
Na minha memória ficará o exemplo de alguém prestável, altruísta, e que amava seu próximo como poucos o fazem.
Descanse em paz!
Excelente profissional e professor, uma pessoa amiga, bem humorada e correta, certamente irá fazer falta aos que com ele tiveram a oportunidade de conviver e aprender. Aos familiares os meus sentimentimentos e a Deus rogo para que o receba em Paz.
Professor, amigo e irmão. Perda incalculável para a Engenharia do Brasil.
Siga em paz meu irmão! Estaremos mantendo vivo os seus ensinamentos e valores!
Que dizer do Sergio, meu/irmão/amigo, notável em tudo, como pessoa e profissional, pilar da proficiência em sua ambiência de atuação. Um professor de subido mérito. Convocado por ele nunca disse não à sua intimação no sacrário do coração guardado. Palestras em seus cursos sobre perícia judicial, PUC e Instituto de Engenharia. Ainda recentemente as ministrei, ao seu lado encantador, alegre e cativante. Viver ensinando e ensinar vivendo, assim era Sergio. Entrando no rede D’Or telefonei imediatamente para seu celular. Ne tranquilizou. No segundo dia não atendeu, retornei, únicas palavras sempre carinhosas que dele recebi. Querido Celso, está tudo bem. Com a fusão em 1975, Sergio foi por mim convocado a fazer perícias em meus andamentos como juiz regional à disposição da Presidência para cobrir serventias congestionadas. Sergio ficou conhecidohecido e enaltecido por inúmeros magistrados. Se tornou o perito de maior prestígio em TODAS as instâncias e áreas de mercância, no Brasil.
Que Deus em sua bondade guarde e receba quem só foi amor e carinho.
Grande mestre da Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais. Seu jeito singular de ensinar na PUC , muito contribuiu para minha capacitação. Que Deus o receba com o conforto celestial que os dignos merecem.
Amigo e Marido de uma amiga ímpar, homem de ética e moral nunca deixou se corromper. Deixará sds.
Grande Profissional, atuante e divulgador das técnicas de avaliação
Grande perda para a Engenharia de Avaliações e Pericias. Meus sinceros sentimentos a familia e aos amigos do inesquecível mestre.
Grande colega de profissão. Um homem a frente do seu tempo. Inteligência notável. Vamos sentir saudades
Coisa horrível.
Um grande ser humano, professor, parceiro de trabalho, amigo e conselheiro. Fica na paz meu amigo.
Grande amigo, e cliente nosso de longo tempo.
Quando ainda em final de cursar a faculdade de engenharia , estagiou com meu pai, Paulo de Morais Sarmento, na antiga Serve, famosa empresa de bondes e depois ônibus elétricos de Niterói.
Que Deus o receba de braços abertos e a família os meus sentimentos.
Amigo e colega dos bancos escolares do Colégio Brasil da turma de 1958 . Fica a lembrança da alegria e bom humor do Sérgio.