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Criança não pega Covid, diz secretário de Saúde ao aprovar volta às aulas em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 12:22 do dia 29 de janeiro de 2021
Sobre: Rede pública só em março
  • escola publica
29jan

escola publicaA volta às aulas na rede pública de Niterói está marcada para o dia 22 de março. O ano letivo terá 202 dias e vai se encerrar em 22 de dezembro. O anúncio foi feito pelo secretário de Educação, Vinícius Wu. Disse que a prefeitura vai distribuir tablets e notebooks para alunos e professores.  A seu lado, o secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira, afirmou que em Niterói foram registrados casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por Covid, em 1,74 por cento da população de 0 a 19 anos.

As aulas serão presenciais e online. Para isso, a secretaria já adquiriu uma nova plataforma de ensino à distância e está capacitando os docentes para a utilização dos equipamentos de internet. As escolas da rede particular estão autorizadas a reabrir a partir de segunda-feira (01/02), obrigando-se a cumprir protocolos de segurança sanitária.

Sobre o risco de disseminação da Covid-19 nas escolas, a criança teria “mais chance de desenvolver doenças graves provocadas pelo vírus da bronquiolite ou por pneumococos (bactérias que causam pneumonia), do que por coronavírus”, disse o secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira. Ressaltou que “a gente nunca fechou escola por causa de pneumonia ou por causa de gripe”.

“Bronquiolite nunca foi pandemia”, questionou uma internauta a afirmativa de Oliveira feita na live do Plano de Retomada das Aulas. A transmissão foi realizada na manhã desta sexta-feira (29/01), no auditório da Fundação Municipal de Educação. Foi acompanhada pelo prefeito Axel Grael e vereadores da base governista, além de uns poucos professores e diretores de escolas.

Rodrigo Oliveira afirmou que as escolas serão monitoradas. Caso surja algum caso de contágio da Covid-19, com turmas reduzidas será fácil a secretaria de Saúde fazer o controle. As diretoras deverão recorrer às unidades de saúde referenciadas para cada escola e notificar casos suspeitos. A secretaria de Saúde irá avaliar, então, se fecha a escola ou apenas deixa a turma em quarentena.

Ao explicar como será a retomada das aulas em Niterói, o secretário de Educação, Vinícius Wu, disse que além de ser “necessário um esforço enorme de iniciativas governamentais”, é preciso “a mobilização da sociedade para evitar que a escola pública se torne uma fonte de reprodução de desigualdades no país”.

– Não queremos uma geração Covid, mal formada e que fora da escola estaria condenada a ocupar o subemprego e agudizar as condições econômicas, sociais e raciais no Brasil. As maiores vítimas serão os mais pobres, os que mais precisam da escola pública – disse Vinícius Wu.

A escolas municipais, segundo o secretário de Educação, vão funcionar com o que chamou de ensino híbrido. Serão aulas presenciais e online. A finalidade é reduzir a presença de alunos em sala de aula. As escolas deverão seguir medidas sanitárias e de higiene. “Não vamos colocar em risco a saúde de nossos professores e profissionais de educação, essa discussão não existe”, ponderou Wu.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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