Com 708 postulantes ao cargo de vereador e nove ao de prefeito, Niterói já começa a ver nas ruas pessoas tremulando bandeiras e distribuindo santinhos. Nada de novo. Apenas as máscaras anticovid-19 mudam o cenário. A aglomeração de cabos eleitorais é igual. O eleitorado, por sua vez, se mantém indiferente às promessas
Segundo o TRE-RJ, 391.268 eleitores estão aptos a participar do pleito de 15 de novembro. Este ano o número de candidatos à Câmara Municipal cresceu 79%. Em 2016 foram 398 postulantes; este ano distribuídos em 30 partidos são 708 (dentre os quais estão 232 mulheres).
Sem coligação proporcional, a tendência este ano é a de que as siglas maiores consigam eleger dois vereadores. Por isso a grande troca de partido feita por atuais detentores de mandatos. Buscaram agremiações partidárias que, acreditam, lhes dará chance maior de reeleição.
Na movimenta Rua Moreira César, em Icaraí, cabos eleitorais ocupam praticamente todas as esquinas pedindo voto para candidatos apoiados pela máquina do governo municipal.
No Centro, a propaganda também é grande na Avenida Amaral Peixoto, mas o point da política há 25 anos, continua sendo o Bare e Restaurante Requinte, onde os candidatos fazem um pit stop para serem vistos e lembrados pelos eleitores.
Com a Covid-19, o restaurante teve que eliminar a mesa redonda, onde os políticos se sentavam para sentir o clímax da eleição e trocar ideia com formadores de opinião e ex- políticos que aparecem para o almoço, comer uma pizza ou tomar um cafezinho.
Com as restrições, a turma está chegando e o bate papo continua em pé ou no cafezinho do balcão.
Por enquanto, a figura principal – o eleitor – continua querendo distância do mundo político. Se os votantes não mudarem de opinião, a abstenção e o voto branco ou nulo poderão ser ainda maiores do que em eleições anteriores, quando chegaram a cerca de um terço do eleitorado.
708 candidatos para 21 vagas? 🙁