A bravata do prefeito de Maricá e presidente do PT fluminense, Washington Quaquá, sobre a polêmica abertura do canal da Barra, deu com os burros n’água. A burocracia estatal é lenta, todos sabemos, e ele tinha pressa em dar uma resposta ao eleitorado que ficou submerso no “Minha Casa, Minha Vida” construído com autorização da prefeitura em um pântano, no distrito de Itaipuaçu. Mas os técnicos do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) advertiram que abrir o canal exigia conhecimentos sobre o movimento das marés e das correntes marítimas. Isso os velhos pescadores da comunidade Zacarias, que vivem da pesca na lagoa, entendem bem e respeitam.
O caudilho precisava tirar o foco da obra autorizada pela prefeitura para a construção de 2.932 apartamentos e tentou abrir a barra na marra. Em vez de esvaziar a lagoa, o mar adentrou fazendo subir mais o nível das águas. E o canal precisou ser fechado às pressas. De improviso em improviso, pagam os munícipes pela falta de planejamento de políticas populistas.
Quaquá, o onomatopaico prefeito, do alto de um monte de areia na praia de Maricá parecia Napoleão incitando os soldados a lutarem na guerra do Egito. O imperador francês foi mais poético ao soltar a frase: “Do alto dessas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam!”.
Quaquá preferiu baixar o nível e amesquinhar o discurso xingando o governador do Estado e os técnicos do Inea. Napoleão perdeu a guerra. E a estratégia de Quaquá, aonde vai dar?
(Na foto, Quaquá xinga o governador Pezão em entrevista ao repórter Romário Barros, do site Lei Seca Maricá)