Com três escolas de samba de Niterói desfilando, em 2017, no grupo A do carnaval carioca – Unidos do Viradouro, Acadêmicos do Cubango e, a mais recente, Acadêmicos do Sossego –, das duas uma: ou a Neltur (Niterói Empresa de Lazer e Turismo) vai gastar ainda mais com a subvenção que paga às agremiações da cidade que desfilam na Avenida Marquês do Sapucaí, ou dividirá a verba por três. Para um diretor de ala da Viradouro, o melhor seria que ela se fundisse com a Cubango e a Sossego formando a Unidos da Vila Real da Praia Grande.
Para o veterano Ito Machado, 82 anos de idade e 70 de carnaval, ex-presidente da União das escolas de Samba e Blocos, a proposta de fusão é uma utopia.
– Seria formidável, mas impossível porque a vaidade de alguns dirigentes impede a fusão – diz Ito Machado.
A Neltur pagou, em duas parcelas liquidadas em dezembro e em janeiro, o total de R$ 1,85 milhão. Mas cada escola de samba teve um quinhão diferente: a Viradouro, que tentou sem sucesso retornar ao desfile principal, levou R$ 1 milhão; a Cubango, que permaneceu no grupo A, R$ 600 mil; e a Sossego, que ascendeu do grupo B para o A, ficou com R$ 250 mil.