O deficiente físico sofre em Niterói pela falta de uma política de acessibilidade, com a Prefeitura somente se preocupando em instalar rampas, deixando as calçadas desniveladas e cheias de buracos, não exigindo e fiscalizando o acesso aos lugares como prevê a lei e muito menos, se preocupando, se está funcionando ou não.
Ontem, o cadeirante Adolfo Beranger, depois de saltar do Uber e ser conduzido por um trecho grande, com aquela vista maravilhosa, até chegar ao Bistrô MAC, instalado no subsolo do museu arquitetado por Oscar Niemeyer e administrado pelo município, foi informado de que o elevador estava há tempos enguiçado. Para realizar seu desejo, contou com a ajuda e boa vontade de quatro garçons, que largaram por minutos seus fregueses, para aquela missão difícil e pesada, descer escada abaixo, nos braços, um novo cliente, de 1,91cm de altura e 130 quilos de peso.
Embora a subida tenha sido mais complicada para aqueles quatro profissionais da casa, eles ficaram felizes em ver a alegria daquele cliente, que depois de uma taça de champanhe oferecida pelo Bistrô, contou as suas histórias como jogador de vôlei em times amadores e como operador do Mercado de Capitais, no pregão da Bolsa de Valores, contando até o seu apelido, Senador, pelo porte físico e a elegância de andar sempre engravatado.
Com a palavra a Coordenadoria de Acessibilidade que é comandada por uma cadeirante Tania Regina Pereira Rodrigues.