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Ampla corta energia do Museu do Ingá, em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 17:56 do dia 15 de janeiro de 2016
Sobre: Apagão cultural
15jan

photo_946729132073552O Palácio do Ingá, que já resplandeceu como sede do governo do antigo Estado do Rio de Janeiro (até 1975, quando foi feita a fusão com o Estado da Guanabara), está às escuras. A Ampla cortou o fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento esta tarde. Eletricistas desarmaram os fusíveis do transformador que alimentava o prédio onde está instalado hoje o Museu do Ingá, administrado pela Secretaria Estadual de Cultura. Há alguns dias, com o Estado raspando o cofre e sem dinheiro para a Saúde ou para honrar a folha de pagamentos dos servidores, aposentados e pensionistas, o governador Luiz Fernando Pezão mandou retirar de seu gabinete um quadro de Antonio Parreiras, retratando a morte de Estácio de Sá. A obra era culpada, segundo supersticiosos de plantão no Palácio Guanabara, por emitir fluídos malignos que combaliram as finanças estaduais. Agora mesmo é que o quadro de Parreiras poderá ter sua própria integridade ameaçada, assim como o valioso acervo que o Museu do Ingá guarda em uma reserva técnica que fica nos fundos do prédio vizinho da favela do Morro do Palácio. Sem luz no museu, a segurança ficou ainda mais fragilizada.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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