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UFF vai pro brejo com corte do MEC

Escrito por Gilson Monteiro às 17:06 do dia 30 de abril de 2019
Sobre: Tesourada
30abr

A UFF que mal tinha como manter seu campus em Niterói, hoje mais parecendo um terreno baldio de tanto mato, lixo, entulho e obras paralisadas, agora com o corte de 30% em seu orçamento determinado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em breve talvez não consiga nem pagar suas contas de luz.

Desde domingo à noite, o prédio da Reitoria estava às escuras. A Enel restabeleceu o fornecimento de energia elétrica somente às 15h desta terça-feira. Professores acreditam que tenha havido má vontade da empresa em fazer o reparo, já que a UFF está com sua conta atrasada.

O campus do Gragoatá está totalmente largado, com veículos abandonados em meio ao matagal, pneus acumulando água e servindo de criadouro de mosquitos. A Reitoria da UFF diz que as verbas bloqueadas pelo ministro são utilizadas para a manutenção de atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou o corte de recursos de universidades federais que apresentem desempenho acadêmico fora do esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia”.

Além da UFF, o ministro comunicou que a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade de Brasília (UnB) foram penalizadas com os cortes.

A UFF, em nota distribuída hoje (30/04) diz que a qualidade de seu ensino “é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC”. A universidade é a que tem o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais e está colocada em 16° no ranking das Universidades do Brasil, que avalia quase 200 entidades acadêmicas.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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11 thoughts on “UFF vai pro brejo com corte do MEC

  1. A 30 anos passados a UFF funcionavam muito bem e agora não consegue efetuar mais a suas tarefas com a verba recebida, porque? Será que foi por motivo de cortes de dinheiro ou por má Administração das verbas. Me respondam se conseguirem convencê…

  2. Antes de comentarem, todos deveriam dar uma voltinha para que possam ver com seus proprios olhos o que ser tornou a tão gloriosa UFF.

  3. Eu gostaria muito que fosse publicado os gastos de toda Universidade, extras e penduricalhos dos Professores, Diretoria, e o custo de manutenção do Campus.
    Quantos Cursos estão sendo ministrados sem autorização do MEC (aguardando aprovação), quantos imóveis largados e abandonados da Universidade, etc..
    Boa MEC … VENTOS NOVOS

  4. A UFF é um patrimônio da cidade de Niterói e uma conquista para os municípios do interior onde possui cursos de graduação e de extensão. A UFF movimenta Niterói, com o ingresso anual de mais de 8.000 alunos de graduação, outros tantos na residência médica, multiprofissional e nos cursos de mestrado, de doutorado e de extensão. Além disso, movimenta a economia e a rede hoteleira com seus seminários, simpósios, fóruns, encontros e feiras que recebem professores e alunos de diversos estados do Brasil e, inclusive, do exterior. Torcer contra a UFF é colaborar para o início ou continuação de uma era de trevas, de decadência econômica e social das cidades onde ela está inserida. Pode começar pela UFF, UnB e UFBA e se espalhará (como nas notícias de ontem, 30/4) pelas outras instituições públicas de ensino. Teremos um povo educado via WhatsApp e Facebook, sem o mínimo poder de contestar ou discernimento para entender o que será proposto pelos governos (será que já não estamos assim?).
    Por outro lado, muitos da comunidade acadêmica tem uma fala no tablado ou carteiras e uma atitude diferente no convívio com os demais membros da comunidade. De que adianta reclamar da falta de repasses que prejudicam os serviços de manutenção se jogam seu lixo, mesmo uma pequena guimba de cigarro, em qualquer lugar dos campi; de que adiantar reclamar que os terceirizados não estão com o pagamento em dia e não respeitá-los enquanto indivíduos e profissionais em suas tarefas; de que adianta reclamar da falta de recursos e não cuidar do seu material de trabalho e das instalações. Instituições que não contam recursos privados e quando o conseguem são criticadas por seus próprios membros que utilizam os mesmos discursos de sempre.
    Se a comunidade, tanto acadêmica quanto local (ou nacional), este pode ser o início do fim do ensino público de qualidade e um grande baque nas regiões onde as instituições estão inseridas.

  5. Muito bem feito. Tá na hora de acabar com a Chacrinha e o criadouro de Mesquita se criam na água podre do campus. Chamem os comunas pra lavar banheiro e trazer papel higiênico de casa, comecem a provar que o comunismo funciona sem dinheiro dos que trabalham. Vagabundos e mamadores de teta.

    1. Caramba! É tanta cegueira individual e coletiva! E ainda querem que o mundo saiba de sua ignorância e estupidez!
      Pensem antes de destilar todo este ódio!
      Façam o que me indicou meu primeiro professor do curso de Letras: “Depois de escrever, deixe o texto ‘descansar’. Você verá que ele ainda precisa ser revisto”.
      Alguém que escreve o que foi escrito aqui não conhece a UFF e, provavelmente, não conhece o que seja uma universidade.
      Que Deus tenha pena de suas almas e lhes dê alguma luz, pois vocês estão caminhando para as trevas do obscurantismo, guiados por alguém que não consegue organizar um mínimo discurso nem concatenar ideias num pensamento lógico e ordenado. E se vocês cursam ou cursaram algum curso acadêmico, precisam rever suas posições sectárias urgentemente, para fazer valer o valor investido em sua formação.
      Boa sorte.

  6. Não só por ter cursado Direito e Letras na nossa gloriosa UFF, esta Universidade Federal, pontua entre as melhores do país.Cortar recursos com justificativas esfarrapadas e mentirosas constitui,-,se vergonhoso absurdo.

    1. Penso igual a você!
      Olha eu votei no Bolsonaro,porém depois de ver essas ações descabidas estou muito arrependido.

    2. Não vejo nenhum absurdo, cabe a reitoria da universidade juntamente com seu “staff “adequar seus custos com a realidade econômica do país, a farra do boi , acabou.

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