A niteroiense Gabriela Ramos Sarmet, 25 anos, é a moderadora nesta quarta-feira (24/06), às 17h, da quinta edição do Brazil Reino Unido, Fórum UK 2020. Vai comandar o painel “Que desenvolvimento queremos?”, reunindo Ailton Krenak, escritor e ativista indígena; Joaquim Levy, ex-presidente do BNDES; Katia Abreu, senadora; e Valéria Pôrto, quilombola e ativista, que vão conversar sobre desenvolvimento e alternativas. O debate pode ser acompanhado pelo link do fórum no YouTube.
Gabriela, ex-aluna do Abel, formada em Relações Internacionais pela UFRJ, mestranda em Violência, Conflito e Desenvolvimento pela SOAS, Universidade de Londres, com a pandemia do Covid-19, participará de Niterói.
Fragilidades provocadas pelo Covid-19 no Brasil
A sinopse do evento lembra ser o Brasil “historicamente marcado pelo extrativismo intensivo e pela agroexportação, gerando impactos sociais e ambientais que hoje atingem índices alarmantes”.
Ressalta que “com o Covid-19, as fragilidades desse modelo se tornam ainda mais evidentes, colocando a atual conjuntura como uma janela de oportunidade para a ampliação do debate sobre o desenvolvimento”.
A apresentação do fórum conclui constatando que “mesmo entre quem busca alternativas não há consenso: há visões que promovem projetos de fomento à produção local, outras que veem a proteção ao meio ambiente como um ativo econômico e, ainda, há quem questione o próprio vínculo entre desenvolvimento e economia propondo um modelo que atenda a interesses integrados de toda a sociedade”.
Analisemos o trecho “o Brasil é historicamente marcado pelo extrativismo intensivo e pela agroexportação, gerando impactos sociais e ambientais que hoje atingem índices alarmantes”. Eis os questionamentos?
1) Quem implantou esse modelo e se beneficiou dele? Resposta: as nações europeias, encabeçadas por Inglaterra e França.
2) Que resultados esse modelo provocou hoje sobre os povos explorados? Resposta: Injustiças, opressões, brutalidades, miséria e desesperança.
3) Os países que até hoje se beneficiam desse modelo de exploração realmente querem mudá-lo? Resposta: se querem, por que ainda impõe guerras e embargos econômicos contra as nações historicamente exploradas?
Propor uma discussão dessas com os ingleses é a mesma coisa que a prostituta discutir com o cafetão a partilha ideal dos ganhos dos programas: nada vai mudar.
Essa discussão deveria acontecer entre o Brasil e os demais países da América Latina, os da África, e os do Oriente Médio. Esses é que poderiam ter um novo modelo a propor.
Só que isso nunca foi feito…opa…perá aí…foi feita sim uma tentativa alguns anos atrás…mas o que foi mesmo que aconteceu? Ah, era coisa de Comunistas, de Bolivarianistas, esses terroristas que querem tomar o poder e instalar a ditadura gay no mundo! Não foi assim que reagiu a classe média letrada? Será letrada mesmo?