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UFF deve escolher reitor que a devolva ao ranking das melhores do país

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Campus do Gragoatá ampliado na gestão de Roberto Salles

Se fosse aluno, funcionário ou professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) confesso que na consulta eleitoral de segundo turno, marcada para os próximos dias 11, 12 e 13 de julho, cravaria para reitor o nome de Roberto Salles, da chapa 3.

E digo porque: no quadro atual das universidades federais sofrendo cortes no orçamento, enfrentando falta de quase tudo, elas só conseguem funcionar graças à abnegação, perseverança e espírito público de diretores, mestres e servidores que têm contado com o apoio e a compreensão dos estudantes.

Estamos em um ano eleitoral e em 2023 teremos novo presidente da República que esperamos contemple com mais recursos a educação superior do país.

A cinqüentenária UFF precisa voltar à pujança do passado, quando disputava no ranking com as melhores universidades do Brasil e algumas do exterior, graças ao excelente desempenho dos seus Magníficos, à excelência do quadro de mestres e à competência do estafe de funcionários.

A UFF gozava de respeitabilidade mundial. Seu ex-reitor José Raymundo Martins Romeo foi escolhido reitor da Universidade da ONU, em Tóquio.

Com mais de 50 mil alunos a UFF tem tudo para voltar ao topo da lista e ter suas faculdades apontadas como as melhores. Lembro de quando fiz a Faculdade de Direito, que agora está completando 110 anos. Na direção estava o grande mestre Telles Barbosa, que contava com catedráticos da estirpe de Brígido Tinoco, ex-ministro da Educação; Geraldo Bezerra de Menezes, criador e primeiro presidente do Tribunal Superior do Trabalho; Sampaio Lacerda, Ayrton Paiva, Regina Gondim, Boacaiuva Cunha, Alarico de Freitas e tantas outras sumidades jurídicas que faziam dessa escola uma primeira opção dos estudantes.

Na minha ótica, o ex-reitor Roberto Salles é o nome com melhor perfil profissional para comandar uma instituição de ensino superior no momento de crise econômica e financeira que atravessam o Brasil e o mundo.

Apesar da formação médica, Salles tem tino empreendedor. Ele correu atrás e brigou por verbas em suas duas gestões, conseguindo R$ 380 milhões com os quais reformou e aumentou a área construída da UFF em 180 mil metros quadrados, erguendo 25 novos prédios.

Fez o cinema novo Nelson Pereira dos Santos, com ênfase ao conjunto de Teatro e Galeria de Arte. Com a implantação do REUNI pulou o número de 23 mil para mais de 50 mil alunos, contratando centenas de novos docentes através de concursos públicos.

Nos seus oito anos, havia sempre um ministro da Educação ou uma autoridade federal visitando a UFF para firmar convênio ou parceria de verbas ou de interesse acadêmico.

Posso afirmar sem medo de errar que Roberto Salles vai conseguir meios e recursos porque ele conhece as pessoas, circula bem na cúpula em Brasília e sabe o caminho das pedras do Governo Federal.

Só lhe faço um único pedido: dê uma atenção especial ao Antônio Pedro para que o hospital universitário volte a ter as suas portas abertas para as pessoas que necessitam de assistência e pronto-socorro. O Huap, sempre respeitado pelo altíssimo nível de seus professores, médicos e toda equipe deve voltar a servir melhor à população.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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