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Troca de nome para Paulo Gustavo cria polêmica no movimento LGBT em Niterói

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A troca do nome do Centro de Cidadania LGBT de Niterói para Paulo Gustavo está sendo criticada por entidades ativistas como o Grupo Cores da Vida e a Associação Brasileira LGBT. A mudança foi feita há uma semana, no Dia Internacional contra Homofobia (17/5), pelo governador do Estado, Cláudio Castro. O centro de cidadania já tinha o nome de Alexandre Ivo, jovem gay de 14 anos, assassinado em junho de 2010, em São Gonçalo.

“Malabarismo político”  e “oportunismo flagrante e de muito mau gosto” são criticados pelo Grupo Cores da Vida em nota de repúdio contra a troca do nome de Alexandre Ivo do Centro de Cidadania LGBT Metropolitana Leste I, em Niterói. Por sua vez, o programa Rio sem LGBTIfobia, que administra o centro de cidadania, refutou as críticas em nota intitulada “Alexandre Ivo presente… Sempre presente”. Na nota, a gestão afirmou que o nome do local nunca foi o do jovem, que era apenas patrono, e que a placa em homenagem a ele continua visível.

Em nota pública, o Grupo Cores da Vida acusou desrespeito à família de Alexandre:

“[A mudança] é o apagamento da memória de Alexandre Ivo, que além de ter sido retirado da placa oficial, não tiveram [sic] o cuidado de convidar sua família ou movimentos sociais da cidade, que inclusive lutam pela memória daqueles que foram vitimados pela LGBTIfobia. Depois que fizemos uma denúncia pública, passamos a ouvir malabarismos políticos na tentativa de justificar esse absurdo que a nosso ver não passa de oportunismo flagrante e de muito mau gosto.”

O coletivo afirma que enquanto um grande letreiro com o nome de Paulo Gustavo foi instalado e uma pintura com o rosto do ator foi feita em parede ampla, a placa com nome de Ivo ficou fora das vistas do público.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) também fez declaração sobre o episódio qualificando-o como triste disputa de visibilidade entre Alexandre e Paulo Gustavo.

“É cruel usar um de nós para fazer apagamento de outro. Fica aqui nosso repúdio a este ato inadmissível da atual gestão, e o nosso total apoio à família de Alexandre.”

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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