O trânsito e o transporte coletivo ruins em Niterói vêm causando cada vez mais acidentes de motos. O Corpo de Bombeiros já atendeu, nos primeiros três meses do ano, a 525 casos envolvendo motociclistas e até passageiros dos quatro serviços de mototáxi que operam na cidade. São 30 por cento mais ocorrências do que no mesmo período de 2023 (401 casos).
As pessoas têm usado esse novo meio de transporte alternativo por várias razões: para fugir dos engarrafamentos e chegar a tempo no trabalho, na faculdade ou na volta para casa. Uma corrida de Icaraí ao Centro fica entre R$ 5,00 e R$ 6,00, enquanto o ônibus que não tem hora certa cobra R$ 4,45.
Celso Cortes, da Moto Irmandade Leste, um grupo que reúne motociclistas experientes, diz que em seus encontros todos têm mostrado preocupação com o trânsito intenso e perigoso de Niterói, que gera maior número de acidentes.
– É lamentável ver a quantidade de jovens sendo hospitalizados e alguns saindo aleijados – diz Cortes. Ele destaca que muitos dos acidentes de moto são provocados pela insegurança de pilotos e acompanhantes. Além disso, muitos trafegam em alta velocidade, sem usar capacete, calçando sandália de dedo e sem cuidar da manutenção devida das motos.
A preocupação da Prefeitura de Niterói tem sido multar apenas, quando deveria fazer campanhas educativas para motociclistas e passageiros sobre os riscos que correm ao não obedecer às regras de segurança. Ainda mais agora com o aumento assombroso de veículos de duas rodas fazendo transporte de passageiros e de entregas.
Diante do novo cenário pós-pandemia, em que os serviços de entrega aumentaram, assim como o de transporte rápido de passageiros em motos, a prefeitura deveria estar atenta, mas deixa correr frouxo um grave problema causado pela falta de mobilidade urbana em Niterói.
É compreensível que muitos jovens precisam trabalhar, mas eles não podem colocar em risco suas vidas nem a de seus passageiros ou de pedestres. Hoje operam em Niterói a Uber Moto, a Uber Táxi, a 99 Moto e a Moto Táxi Brasil, que trafegam muitas vezes com segurança zero.
Sem sofrer nenhuma fiscalização do poder público, muitas dessas motos são pilotadas por menores de idade, sem habilitação. Eles usam o nome de parentes e de terceiros para fazer o cadastro nas empresas de aplicativo e burlar o controle.
Segundo o Corpo de Bombeiros, houve aumento de 30% de acidentes envolvendo motociclistas no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Niterói, os bombeiros registraram 2.800 chamados para acidentes de trânsito em 2023, sendo que 1.967 envolviam motos. No primeiro trimestre de 2024 foram registrados 729, sendo 525 com motocicletas, registrando um aumento nas estatísticas.
A Ecoponte, concessionária da Ponte Rio-Niterói, já registrou 26 acidentes com motos de janeiro a março. O Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, atendeu 189 vítimas de acidentes de moto. As lesões mais comuns, segundo os médicos do pronto-socorro, são politraumatismos cranianos, por falta de capacete, e lesões traumáticas abdominais e torácicas, além de fraturas de coluna, pelve e de ossos longos.
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