Na segunda-feira (22/02) a Polícia Civil fez busca e apreensão na casa do diretor médico do hospital, Rogério Casemiro, e de sua mulher Adriana Morais Pereira, coordenadora de Desospitalização da unidade. São acusados de facilitar a imunização de dois filhos, de 16 e 20 anos, furando a fila da vacina no Azevedo Lima.
Segundo o secretário Carlos Alberto Chaves, “não tem só diretores (envolvidos em fura-fila). Tem gente grande, até de empresas, que foi fazer vacina lá (no Azevedo Lima). Só que isso é com a parte de polícia, eu não sou polícia”. O hospital estadual é administrado pela organização social Instituto Sócrates Guanaes. A instituição disse já ter afastado o médico e a coordenadora.
Após denúncia feita pelo do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ), o delegado Thales Nogueira, do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, abriu inquérito. Com mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, agentes foram à casa do diretor-médico do Azevedo Lima e encontraram cartões de vacinação registrando que um adolescente de 16 anos e uma jovem de 20, enteados de Rogério Casimiro e filhos de Adriana Pereira, receberam a primeira dose, mesmo não estando incluídos no grupo prioritário
A Polícia está investigando se mais pessoas furaram a fila da vacina, no Azevedo Lima. Uma lista de vacinados, encontrada com rasuras no hospital, está servindo de base para a investigação policial.
Quem é o secretário
O médico Carlos Alberto Chaves é o quarto secretário estadual nos últimos seis meses do governo do Estado. Antes dele, a secretaria era dirigida por Edmar Santos, que foi preso em 10 de julho. Foi acusado de fazer parte de um esquema de fraudes na compra de respiradores para cuidar de pacientes com Covid-19.
Com fama de xerife e conhecido por fazer choques de gestão, Carlos Alberto Chaves é ex-diretor de hospitais estaduais e da central de regulação de leitos.
– O problema na saúde não é de agora. Vamos saber o que aconteceu de errado e ir nos controles sociais, no Ministério Público, na Defensoria para conversar de uma maneira correta para poder saber o que deve ser feito. E vamos resolver os problemas, se Deus quiser. E quem me conhece sabe, que eu eu não admito e não suporto a corrupção na Saúde. Eu venho de família muito humilde e sei onde dói. Sei o valor do SUS para o cidadão da ponta – disse o secretário de Saúde ao assumir o cargo em setembro do ano passado.
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