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Tecidos de todo tipo dão algum colorido ao desbotado Centro de Niterói

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Diuana no balcão da loja de tecidos na Rua da Conceição

Com as prateleiras cheias de tecidos de todo tipo, cores, estampas e variedades, Eduardo Diuana toca o negócio instalado há cem anos no mesmo endereço da Rua da Conceição 39, esquina com Visconde do Uruguai, no Centro de Niterói. É mais um dos resistentes ao esvaziamento da área comercial que já foi a mais concorrida da ex-capital fluminense.

Em 1923, uma família portuguesa construiu o prédio e instalou a loja de tecidos que, há 58 anos, foi comprada por Eduardo Diuana pai. Hoje, A Princesa é dirigida pelo filho xará, formado em economia. O tradicional ponto da moda tem uma clientela cativa. Muitas freguesas vão à loja em busca de um tecido diferenciado para fazer um vestido ou tailleur para uma festa ou ocasião especial.

Abandonado à própria sorte, o Centro de Niterói vem se deteriorando ano após ano. De tempos em tempos, o prefeito de ocasião anuncia um miraculoso plano de reurbanização da área central da cidade. Mas os projetos acabam sempre dando panos para manga. Se fala, se discute muito e nada. Agora mesmo, o prefeito Axel Grael anuncia que a prefeitura vai gastar R$ 406,5 milhões para recuperar as ruas e avenidas centrais até 2024…

Tecidos para cortes exclusivos

Eduardo diz que embora hoje haja escassez de costureiras, sempre aparece um profissional qualificado para executar esse serviço importante para a elegância feminina. “Afinal, quem não gosta de usar um vestido exclusivo, com as medidas e o caimento perfeitos, da cor de seu agrado e sem o risco de encontrar outra pessoa com uma roupa igual?”, diz o lojista.

Diuana não tem ideia da variedade e da metragem dos tecidos que mantém à disposição dos clientes em suas prateleiras. Mas sabe que a seda, viscose, crepe e linho são os mais procurados.

São esses lojistas tradicionais, como os Diuana, que enfrentam todas as adversidades com garra e dificuldade para manter seu comércio de portas abertas, que dão emprego e ainda fazem o Centro de Niterói ter um pouco de vida.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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