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Segurança de Niterói vira disputa política entre candidatos ao Guanabara

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A politicagem toma de assalto um programa de segurança pública: o Niterói Presente. O governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, candidato à reeleição em 2022, estaria buscando esvaziar o marketing eleitoreiro de Rodrigo Neves, também interessado em assumir o Palácio Guanabara. O problema é que os policiais militares que fazem horas extras para o patrulhamento de alguns poucos bairros da cidade estariam com seus coletes laranja e branco servindo como out-doors para a campanha de Rodrigo, bancados pelo atual prefeito Axel Grael.

Desde junho a Secretaria estadual de Governo deixa na gaveta um novo convênio com a prefeitura de Niterói. Seria para ampliar o efetivo formado por PMs patrulhando a cidade em seus dias de folga do Batalhão. O Palácio Guanabara quer trocar o nome do programa para “Segurança Presente”. Com essa marca, o Estado renovou convênio com a prefeitura de Maricá, no dia 2 de agosto. Através do Proeis (Programa Estadual de Integração na Segurança) aumentou o efetivo diário de 120 para 170 homens patrulhando aquele município.

Niterói já havia renovado o Proeis em junho, garantindo 250 PMs que continuam fazendo o patrulhamento extra de alguns bairros do município. Mas a prefeitura queria manter outros 30 agentes em um efetivo fixo responsável pela operacionalização do patrulhamento.

Os programas Niterói Presente e Proeis são resultado de convênios da Prefeitura com o Governo do Estado, onde o Município paga uma gratificação para policiais militares que aceitam trabalhar nas ruas de Niterói nos dias de folga. No caso do Niterói Presente, há um efetivo fixo de policiais, alguns já reformados, e agentes civis.

Em nota, a Câmara de Diretores Lojistas (CDL) de Niterói disse esperar que “o governador Cláudio Castro reveja essa decisão”. A entidade oficiou ao governador ”manifestando o descontentamento com a não renovação do programa Niterói Presente, causando um enorme risco à vida da população da cidade e risco ao funcionamento do setor produtivo”.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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