Pedro Angelo vai ser lembrado por familiares e uma legião de amigos na segunda-feira (26/08), às 19h, durante missa de 7° dia celebrada pelo irmão dele, o padre Paschoal Andreiuolo, na igreja do Salesiano, em Santa Rosa.
A cidade de Niterói e suas entidades médicas deveriam prestar uma justa e merecida homenagem a Pedro Angelo, pelo que representou para a medicina brasileira. Sua trajetória de vida acadêmica, profissional e como ser humano generoso e desprendido das coisas materiais foi lembrada por médicos e cirurgiões durante o velório do médico, na quarta-feira, no cemitério Parque da Colina.
O cirurgião cardíaco Geraldo Ramalho lembrou que Pedro Ângelo foi seu colega de turma na faculdade de Medicina, mas somente pode se formar bem depois, porque com a morte do pai, que era sapateiro, teve que trancar a matrícula para sustentar a família – a mãe, o irmão seminarista e mais um casal de parentes.
Com mãos habilidosas, capazes de exercer qualquer atividade, Pedro Angelo assumiu o lugar do pai na sapataria instalada no Centro de Niterói. Seus clientes, ele buscava entre os colegas de faculdade, onde ia recolher os sapatos que precisavam ser reparados com meias solas e saltos novos. Voltava sempre com um saco nas costas, cheio de serviço para fazer.
Somente três anos depois ele conseguiu reabrir a matrícula na faculdade, e formado médico se tornou um dos mais competentes e experientes radiologistas do país.
O obstetra José Luiz Paiva conta que o mestre da radiologia salvou muitas vidas, porque diante de casos mais complicados fazia questão de discutir a imagem com o colega que assistia o paciente para chegar à conclusão correta do diagnóstico. O laudo com a assinatura de Pedro Angelo era sempre respeitado e definitivo.
O cirurgião Guilherme Eurico lembrou a figura humana e desprendida do colega, que além de monstro sagrado da radiologia, era habilidoso em tudo que fazia, sendo lembrado também pelos cateterismos arteriais que realizava com precisão. Pedro Angelo não se envolvia com a cobrança de honorários, deixando nas mãos dos colegas, porque a sua preocupação era poder ser útil tanto ao colega como, principalmente, ao paciente.
O cirurgião torácico Luiz Felippe Judice, que conviveu uma vida inteira com Pedro Angelo, falou do profissional de excelência, inovador em várias técnicas de radiologia. “Era uma figura humana fantástica, tendo sido pioneiro no Estado do Rio de quase todos os exames de imagem que foram surgindo no mundo. Seus exemplos têm que ser lembrados e seguidos pelos profissionais da Medicina”, disse Judice.
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