Moradores de São Gonçalo vivem como reféns da criminalidade e estão cada vez mais aterrorizados pelo avanço da violência em suas comunidades. O apelo por segurança urgente aos governos estadual e federal não é apenas um clamor local: a insegurança já transborda para áreas estratégicas, como a BR-101, onde motoristas enfrentam desde domingo (23) uma onda crescente de assaltos em plena via de acesso vital para o estado.
No segundo maior município do Rio de Janeiro, a população deseja apenas retomar uma vida normal — pagar contas de luz e água às concessionárias, e não às milícias que impõem mensalidades abusivas pela energia, abastecimento, internet clandestina, “gato” de TV, gás e até cigarros superfaturados.
Relatórios da Polícia Militar revelam que o Comando Vermelho atua em 70 das 92 cidades fluminenses, com mais de mil comunidades sob domínio armado. A proximidade com a capital e o fácil acesso marítimo transformaram São Gonçalo em refúgio estratégico para criminosos, ampliando ainda mais a gravidade da situação.
Nos últimos dias, motoristas que trafegam pela BR-101, especialmente no trecho Niterói–Manilha, viveram momentos de tensão. Houve registros de veículos voltando na contramão por medo de arrastões, além de roubos confirmados pela Polícia Rodoviária Federal, com criminosos armados agindo em plena luz do dia. Em bairros como Jardim Catarina, Colubandê, Alcântara e Neves, a situação não é diferente: relatos de assaltos em série, sequestro de caminhoneiro e até um policial militar baleado reforçam a sensação de insegurança.
A escalada da violência coincide com a operação “Barricada Zero”, deflagrada recentemente para remover barreiras físicas usadas por criminosos no Jardim Catarina. Autoridades investigam se os ataques são uma retaliação à ação policial, que desarticulou pontos estratégicos do tráfico. Moradores relatam que, após a operação, aumentaram os roubos de veículos e arrastões em vias como BR-101 e RJ-104, indicando uma possível reorganização criminosa para demonstrar força.
O governador Cláudio Castro não pode restringir esforços ao combate na capital e a operações como a “Barricada Zero”, apenas porque repercutem mais na mídia e nas redes sociais. Ignorar São Gonçalo é um erro estratégico: a cidade é peça-chave para enfrentar e desarticular as facções que corroem o território fluminense. Sem ação firme e abrangente, o Estado continuará a assistir ao avanço da criminalidade, enquanto seus cidadãos seguem prisioneiros do medo.
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