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São Francisco chama a cavalaria, mas violência continua

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A onda de insegurança que culminou no último fim de semana com a morte de um taxista vítima de bala perdida enquanto abastecia o carro em um posto de gasolina de São Francisco, bairro da Zona Sul de Niterói, fez a Polícia Militar adotar o patrulhamento das ruas feito por 18 soldados montados a cavalo, divididos em seis equipes cobrindo o perímetro da Avenida Franklin Roosevelt a Rui Barbosa.

Moradores continuam reclamando, no entanto, que os assaltos não diminuíram, pois o policiamento não é diuturno, logo deverá acabar. O Movimento SOS São Francisco, em sua página no Facebook, registra casos frequentes de assaltos no bairro que já foi um dos mais tranquilos de Niterói. Na noite de terça (03/05) um motorista foi assaltado na Franklin Roosevelt, em frente a uma academia de ginástica. Eram três homens armados em um Fiat Idea prata, que fuiram para Icaraí, conta uma internauta.

Cavalos e cavaleiros têm hora para chegar ao bairro. Às 14h vêm em dois caminhões direto do batalhão RP-Mont, em Campo Grande, a três horas cada viagem distante de Niterói. Às 20h retornam ao quartel. Niterói já teve um batalhão de cavalaria no Fonseca. Esse quartel ainda existe e poderia, agora, reativar suas baias para abrigar os animais que não precisariam se sacrificar com viagens longas nas carrocerias de caminhões.

— Acho que assim, tanto soldados como cavalos ficam estafados e acabam não tendo um bom rendimento – disse Anabela Silva, moradora de São Francisco.

Segundo os soldados, os animais da raça Crioulo estavam acostumados a ser transportados de Campo Grande para a Barra da Tijuca, onde faziam patrulhamento. Só que a distância entre esses bairros cariocas é de apenas uma hora.

No dia 27 de abril, o Movimento SOS São Francisco se reuniu com o comandante do 12° BPM, coronel Fernando Salema, para pedir mais policiamento. Pediram também ao prefeito Rodrigo Neves pelo menos oito guardas municipais para ajudar na segurança do bairro. Os cavalos da PM chegaram, os guardas da prefeitura, não.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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