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Rodrigo nomeia dois para um cargo só

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Na campanha pela reeleição, Rodrigo Neves prometeu mundos e fundos, trocou o PT pelo Partido Verde, mas ao assumir o novo mandato no dia 1° de janeiro continuou praticando a mesma política petista de clientelismo na prefeitura de Niterói. Para enganar o povo, num decreto só exonerou todo mundo, mas já no dia seguinte começou a enxurrada de nomeações que vêm ocupando páginas e mais páginas do Diário Oficial desde então, não se sabendo até quando.

A edição de sábado, 14/01, está repleta de nomes para a Secretaria Executiva, a mais aquinhoada com cargos, que funciona num pequeno espaço do sexto andar do Centro Administrativo, ao lado do gabinete do prefeito. Dentre os atos oficiais, está a nomeação de duas pessoas para o lugar de uma. Pela portaria 322/2017, Vitor Hugo da Silva foi nomeado para exercer o cargo de assessor A CC1, da Secretaria Executiva, na vaga de Nina Bari. Já a portaria 323/2017, nomeia Renato de Oliveira dos Santos para o mesmo cargo dessa pasta também na vaga da mesma Nina Bari.

Neste Diário Oficial de sábado estão publicadas nomeações para as administrações regionais, cujos titulares estão no mesmo nível salarial de secretários. São pessoas indicadas pelos vereadores da base aliada do prefeito. Cada regional tem, além do administrador, mais dez cargos. Alegando medida de economia, Rodrigo Neves anunciou a fusão da regional de Icaraí com a de Santa Rosa, mas nomeou vinte cabos eleitorais do vereador dono da “capitania”. Que economia é essa?

No Ponto Cem Réis, onde fica a igreja de São Lourenço, tem também um administrador regional e sua tropa, mas os moradores do pequeno local (que não chega a ser um bairro) não sabem nem onde fica a sua sede. A do Ingá funciona embaixo do palco da Concha Acústica, numa pequena sala que um dia já foi a sede da Secretaria de Esporte e Lazer, como mostra a placa remanescente na fachada.

A dos Esportes foi para uma casa na Rua Timbiras, em São Francisco, e a regional do Ingá, fundida com a regional do Centro, conta com o dobro de cargos comissionados, num total de vinte.

Essas administrações regionais não têm autonomia para nada, estrutura nenhuma, vivem na dependência da Emusa, das Secretarias de Obras e de Conservação e Serviços Públicos para atender a qualquer pequeno serviço de interesse dos moradores dos bairros.

O Ministério Público no final do ano passado andou fazendo um levantamento na Câmara de Vereadores para saber quantos funcionários a Casa tinha, inclusive indo no gabinete dos 21 vereadores, anotando os nomes e horários. Não se sabe ainda o resultado do levantamento feito pelo MP. Está na hora de os promotores de Justiça fazerem o mesmo na prefeitura de Niterói. Vão encontrar muito funcionário fantasma.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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