Rodrigo Neves e Axel Grael, a dupla que comanda a prefeitura de Niterói, terceirizaram mais dois hospitais públicos. O desmanche da saúde do município começou em 2013, pelo Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho. Depois de deixarem unidades de saúde sem médicos e medicamentos, o Diário Oficial desta terça-feira (21) revela que a dupla entregou agora o Hospital Carlos Tortelly e a Unidade de Pronto Atendimento Mário Monteiro a mais duas organizações sociais de saúde, pagando R$ 284,3 milhões.
Faltando apenas dez meses para Grael concluir seu mandato como prefeito, ele contratou hoje a Associação Filantrópica Nova Esperança para gerir o Carlos Tortelly por dois anos e meio. O Fundo Municipal de Saúde vai pagar por isso R$ 204,8 milhões. Já o Mário Monteiro está entregue, por igual período, ao Centro de Estudos e Pesquisas Científicas Francisco Antonio de Salles (FAS), por R$ 79,5 milhões.
Ao deixar as unidades municipais de saúde desabastecidas, operando com profissionais mal remunerados e recebendo RPAs atrasados, como vêm denunciando sindicatos e associações de classe, Grael ainda deverá entregar o Hospital Orêncio de Freitas, que já foi referência em cirurgias do aparelho digestivo.
No pacote de privatizações da saúde municipal, Grael e Rodrigo já entregaram a organizações sociais o Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) e o Hospital Oceânico. O primeiro foi entregue por Rodrigo Neves desde 2013 a OSS Ideias, que agora em 2024 teve o contrato renovado por mais R$ 61 milhões.
Já o Hospital Oceânico, que antes era gerido pela OSS Viva Rio, desde o ano passado está com a OSS FAS, que vai administrar também o Mario Monteiro. O estranho é que a FAS teve agora seu contrato do Oceânico reajustado em 32%. Em 2023, recebeu R$ 30,6 milhões; em 2024 vai receber R$ 40,5 milhões.
Quem está a frente dessa privatização dos hospitais de Niterói é a secretária de Saúde Anamaria Schneider, esposa do ex-secretário de Saúde Francisco D’Ângelo, hoje assessor parlamentar do Ministério da Saúde. Anamaria já pertenceu aos quadros da Viva Rio.
Por sua vez, a OSS FAS é a mesma que administra o Hospital Ernesto Che Guevara, de Maricá, que foi objeto de recente escândalo envolvendo o deputado estadual Renato Machado e nove servidores municipais, acusados de superfaturar a obra de construção, conforme denúncia do Ministério Público estadual.
A Ideias, que este ano vai custar (por enquanto) R$ 54 milhões aos cofres públicos de Niterói (em 2023 recebeu R$ 61,1 milhões), deixou de atender casos ortopédicos no Getulinho, desde outubro. As crianças eram encaminhadas ao vizinho Hospital Estadual Azevedo Lima, mas este também deixou de atender ortopedia. A alternativa passou a ser o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
Axel Grael e Rodrigo Neves gastam milhões com essas organizações sociais, mas o pobre niteroiense continua sem atendimento digno nos Médicos de Família, nas policlínicas, nos postos de saúde e nos hospitais por falta de médicos e até de remédios básicos.
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