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Rio 2016 tira PMs de cidades vizinhas

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Niterói perderia mais de 200 homens durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 se o comando geral da Polícia Militar não tivesse suspendido as férias nos meses de agosto e setembro, adotando a mesma experiência da Copa do Mundo. Se o 12º Batalhão tivesse perdido 200 PMS este mês, seria uma tragédia para Niterói, disse o comandante Fernando Salema, acrescentando que recebeu reforço de duplas de soldados em motos para abordagem de pessoas suspeitas nas ruas.

Mesmo com o Batalhão completo ainda é insuficiente o número de policiais militares, cerca de 1.200, para tomar conta de dois municípios, Niterói e Maricá, onde diariamente ocorrem assaltos e assassinatos.   Na última quinta-feira (04/08) um pai foi assassinado no Fonseca quando tentou evitar que um filho, que chegava com seu carro, fosse assaltado na entrada da garagem. Bandidos armados entraram na casa e mataram o aposentado de 69 anos.

MP obtém liminar para manter PMs na Baixada.

TJ suspende a que beneficiava Petrópolis

O Ministério Público Estadual tem tentado evitar o desfalque de contingente de Batalhões na Baixada Fluminense e Região Serrana, cujos soldados foram deslocados para reforçar a segurança da capital durante os jogos olímpicos.  Hoje, o MP obteve na Justiça liminar que proíbe o Estado do Rio de Janeiro de reduzir o efetivo do 20° Batalhão de Polícia Militar (Nova Iguaçu), bem como retirar qualquer equipamento, armamento e viaturas.

No início do mês, o MP também obtivera liminar semelhante na 4ª Vara Cível de Petrópolis para evitar que a cidade imperial ficasse desguarnecida com o deslocamento de PMs de seu batalhão para a Rio 2016. Mas a medida foi suspensa pelo presidente do TJRJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho. Segundo fontes do MP, cabe recurso da decisão nos tribunais superiores.

Em sua decisão que garantiu o remanejamento de PMs para a capital, o desembargador Luiz Fernando Ribeiro considerou que “a indevida interferência no planejamento e execução do esquema especial de segurança representará grave risco à segurança de todos os envolvidos nos eventos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e, em última medida, à segurança de toda a população do Estado do Rio de Janeiro e daqueles cidadãos oriundos de outras unidades da federação e de outros países que, no curto período, frequentarão os principais pontos da cidade do Rio de Janeiro”.

O pedido de suspensão foi feito pelo Governo do Estado. Na justificativa, a Procuradoria Geral do Estado afirma que os Jogos Olímpicos apresentam um plano de segurança complexo, que demanda a integração entre diversos entes federativos. Além disso, a transferência de 40 policiais militares (segundo os autos do processo) não representa 10% do total do efetivo do batalhão local.

No caso de Nova Iguaçu, a Secretaria Estadual de Segurança quer levar 90 policiais militares lotados no 20º BPM, responsáveis pelo policiamento também dos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, além de 19 viaturas do mesmo batalhão.

O MPRJ alegou que os municípios da Baixada Fluminense sofrem com o aumento da criminalidade em razão de movimentos migratórios de criminosos, e que, por isso, a redução do efetivo policial na área pode provocar prejuízo material e incremento de vítimas em Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. A população estimada pelo IBGE na região é da ordem de mais de um milhão de habitantes, e levantamento recente do Instituto de Segurança Pública do (ISP) aponta que sete das dez delegacias do Estado que mais registraram homicídios dolosos, pertencem a municípios da Baixada Fluminense.

Não somente a Baixada Fluminense, mas regiões de todo o Estado, e principalmente as cidades mais próximas do Rio de Janeiro, como Niterói e São Gonçalo, vêm sofrendo com a migração frequente de bandidos afugentados da capital desde a implantação das UPPs, que até agora pouco ou nenhum resultado positivo conseguiram acrescentar à segurança pública fluminense, que vive uma vexaminosa situação de cobertor curto, que descobre um lado para cobrir outro.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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