Já criou 427 relógios solares. Dez peças foram encomendadas pelo Planetário da Gávea, no Rio. Ele continua produzindo seus relógios para colégios interessados em ensinar aos alunos os conceitos de latitude, fuso horário e rotação da Terra.
Depois de uma vida de trabalho dedicada a projetos na Companhia de Desenvolvimento do Vale de São Francisco (Codevasf), Sérgio Doret transformou o sonho de menino em um hobby. Desde 1996 ele lê tudo sobre relógios de Sol. Foi a partir de uma reportagem da revista Casa e Jardim que o engenheiro partiu para uma pesquisa maior na Biblioteca Nacional sobre o dispositivo criado na antiguidade para marcar as horas.
No começo, Sérgio usava uma técnica antiga, que levava de 30 a 40 horas para fabricar cada relógio. Depois com o computador o trabalho foi facilitado. Para que o relógio solar funcione de forma adequada, sua haste deve estar alinhada com o eixo de rotação da Terra. Para fazer o dispositivo, Sérgio usa diversos tipos de pedras, principalmente a ardósia cinza.
– Há 18 anos comecei a ser procurado por colégios do interior do Brasil. Encomendavam relógios de Sol através do Fundo Nacional de Educação. Era usados nas aulas de Geografia, facilitando o aprendizado dos alunos – diz o engenheiro aposentado.
Os obeliscos erguidos em 3500 aC no Antigo Egito são os relógios de Sol mais antigos do mundo. Os relógios solares mais simples são aqueles cujo mostrador é uma superfície plana. Há relógios com mostradores inclinados. Os mostradores dos relógios são divididos por linhas, que correspondem às horas. Eles têm uma haste encaixada na vertical, que é uma espécie de ponteiro. Chama-se gnômon e é ele que faz sombra à medida que o Sol se move.
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