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Quaquá diz que não tolerará fraudes em Maricá. Espera-se o mesmo em Niterói

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Rodrigo Neves, em Niterói, e Washington Quaquá, em Maricá, assumirão no dia 1° de janeiro para um terceiro mandato

Vem de Maricá um recado que pode servir de carapuça em Niterói. Eleito para um terceiro mandato na cidade vizinha de Niterói, Washington Quaquá diz pelas suas redes sociais que não voltou para fazer demagogia. “Voltei para construir a Maricá em que acredito! Não vou tolerar fraudes ou permitir que ninguém fique encostado em dinheiro público, seja nas secretarias ou nas empresas públicas”.

Igualmente reconduzido para um novo mandato em Niterói, o eleitor espera que Rodrigo Neves siga o conselho do vizinho. Mas, por enquanto, as especulações sobre seu secretariado apontam para os mesmos frequentadores do poder niteroiense há três décadas.

Tanto Maricá quanto Niterói já foram alvo de investigações do Ministério Público estadual acerca de corrupção, malversação de dinheiro público, apadrinhamento político e outros desvios.

Na ex-capital fluminense corre ainda o processo sobre as nomeações que lotaram a Emusa de fantasmas e os contratos de obras superfaturadas. Em Maricá, o MP acusou nove servidores e o deputado estadual Renato Machado, ex-presidente da Somar (a Emusa de lá) pelo superfaturamento da construção do Hospital Municipal Che Guevara.

Tanto Niterói como Maricá ‘nadam’ em petrodólares generosamente distribuídos aos dois municípios. Segundo projeções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre 2025 e 2028, Maricá vai receber R$ 16,24 bilhões; Niterói ficará com outros R$ 8,28 bilhões nos próximos quatro anos.

No entanto, além de programas assistencialistas como a distribuição de moedas Arariboia e Mumbuca, as gestões municipais sofrem queixas sobre educação, saúde, segurança e trânsito. Questões solucionáveis com a dinheirama que arrecadam, principalmente com os royalties do petróleo.

Quaquá e Rodrigo vão para um terceiro mandato em suas cidades. O eleitorado espera que cumpram, ao menos, o que prometeram em suas campanhas. Os dois municípios são dependentes da produção do ouro negro nas bacias de Campos e de Santos. Um recurso finito que, sendo mal aplicado, não deixará nenhum legado.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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