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Porta de elevador solta da parede com duas pessoas no Hospital Antonio Pedro

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Uma lixeira foi colocada para interditar o elevador acidentado no Huap

A porta de um elevador soltou da parede e deixou passageiros presos na cabine, ontem à tarde (12/04), no Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), em Niterói. Em março houve um outro acidente com elevadores no Huap. Desta vez, a esquadria da porta se descolou da alvenaria no oitavo andar e o elevador ficou preso. Havia duas pessoas dentro, uma delas gestante.

Enquanto um técnico providenciava a retirada dos passageiros, as duas mulheres gritavam apavoradas temendo cair no poço. O hospital tem outros três elevadores também em péssimas condições de funcionamento.

Leia também: Elevador despenca com duas médicas no Antonio Pedro, em Niterói

São frequentes os casos de passageiros presos nos equipamentos. No dia 28 de março, Uma explosão no banco de leite do Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), em Niterói, causou ferimentos em um funcionário da equipe de manutenção.

Funcionários do Huap perguntam se a UFF está esperando acontecer alguma tragédia com um elevador do Antonio Pedro para exigir alguma providência da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gestora do hospital.

A esquadria da porta do elevador do Huap descolada da alvenaria

O Hospital Antonio Pedro, que já foi um grande formador de excelentes médicos em Niterói, é administrado há cinco anos pela Ebserh, que reduziu o número de leitos, de cirurgias e de exames. Segundo professores da Faculdade de Medicina da UFF, isto está restringindo o ensino universitário e as aulas práticas em todas as áreas de saúde.

O Huap que já teve 450 leitos, tem hoje menos da metade disponíveis. A Ebserh teria que repor pessoal após um ano da vigência do contrato com a UFF e reabrir os leitos fechados.  Hoje o hospital universitário tem em funcionamento 160 leitos, menos do que as 200 vagas informadas à Secretaria Municipal de Saúde de Niterói.

Huap diz que já está consertando elevador

Em nota enviada à coluna, a Comunicação do Huap descreve como aconteceu o acidente com um de seus elevadores. Afirma que o reparo deverá ficar concluído em dois dias. Acrescenta que “são realizadas manutenções preventivas e corretivas (dos elevadores) regularmente, com a finalidade de garantir o adequado funcionamento, bem como  a  segurança  física  dos funcionários,  médicos,  pacientes  e público  em  geral”.

Sobre um acidente anterior com elevador, ocorrido em março, o Huap o atribui ao excesso de passageiros na cabine. Diz que a contratação de ascensorista pelo Huap é proibida por lei e que espera contar com a compreensão dos passageiros dos elevadores para não excederem o número permitido de oito pessoas por viagem.

  • É a seguinte a nota: “O Hospital Universitário Antônio Pedro  esclarece  que,  na  última  terça-feira,  12  de abril, ocorreu o deslocamento acidental da haste de porta da cabina de um dos elevadores da instituição. A peça bateu no marco de porta do quinto pavimento, resultando na parada do mesmo. Rapidamente foi acionado o freio, que é um dos dispositivos de segurança do elevador, e em cerca de vinte minutos a equipe de manutenção realizou a retirada das duas pessoas  que  estavam  utilizando  o  equipamento,  não  havendo  feridos. O local foi isolado pelo Serviço de Infraestrutura Física do HUAP, e aguarda a chegada da peça para reparo pela empresa de manutenção, que tem o prazo de dois dias úteis para realizar o conserto. Apesar do ocorrido, o hospital possui, no prédio assistencial, mais três elevadores em pleno funcionamento, os quais podem ser utilizados por funcionários e pacientes, inclusive para deslocamento de acamados. Vale ressaltar que o Antônio Pedro possui em suas edificações 10 (dez) elevadores para transporte de pessoas e 02 (dois) para cargas em funcionamento. Atualmente, a    unidade hospitalar possui contrato de manutenção de tais equipamentos, e são realizadas manutenções preventivas e corretivas regularmente, com a finalidade de garantir o adequado funcionamento, bem como a  segurança  física  dos funcionários,  médicos,  pacientes  e público  em  geral,  além  de  garantir  a  ininterrupção  e contínuo exercício das atividades em que estão inseridos.
  • Entende-se que a eventual interrupção do funcionamento dos equipamentos – em particular dos  elevadores  que  transportam  macas  com  pacientes – pode  causar  prejuízo à assistência à  saúde,  acadêmica  e  de  administração,  uma  vez  que  interligam  pavimentos essenciais à finalidade do hospital. Por volta das 13h do dia 24 de março de 2022, o elevador nº 09, com capacidade de transporte para 08 (oito)passageiros,  conforme  especificado em  placa de  instrução  fixada dentro  da  cabine,  foi  acionado  do  térreo  com este  número  máximo no  interior  da  cabine, conforme orientação da equipe de vigilância patrimonial. Ao chegar ao segundo pavimento, mais 04 (quatro) passageiros entraram na cabine, totalizando 12(doze) e excedendo o peso permitido e de capacidade do motor.  Com o excesso de peso,  como dispositivo  de segurança, o contrapeso reagiu e a cabine foi direcionada para o andar térreo. Como o peso no interior estava excedendo o contrapeso,  outro  dispositivo  de  segurança, o  freio, foi acionado, dando a impressão de “tranco” mencionada pelos passageiros. Imediatamente ao ocorrido, o técnico de manutenção da empresa  contratada foi acionado  e, em  minutos, realizou a  abertura da  porta e a retirada dos  passageiros,  todos sem  ferimentos.  Considerando que não há possibilidade de contratação  de  ascensorista conforme  veto  da  Portaria  nº  179,  DE  22  de  abril  de  2019,  a  lotação  da  cabine  no  andar térreo  é  orientada  pelos  vigilantes  patrimoniais,  porém,  entre  os  andares, deve  ser  de conscientização  da  população  usuária.  Apesar de haver orientação por placas dentro das cabines, nem sempre os usuários respeitam o limite máximo de passageiros. O elevador nº 09 passou por manutenção corretiva na mesma data e liberado para uso no dia 25 de março de  2022.  Conclui-se, assim, que a causa para o incidente e o acionamento dos dispositivos de segurança previstos em norma e aplicados no equipamento em questão foi o excesso de passageiros. Em suma, considera-se que não houve negligência de manutenção ou de aplicação da norma, não havendo feridos ou dano irreparável e irrecuperável da cabine, sendo preservadas as vidas e o patrimônio público.”
Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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