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Polícia Civil desbarata esquema de propinas no trânsito em Niterói

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O inspetor geral de trânsito, Wagner Pereira dos Santos, exibe um maço de dinheiro fazendo careta, em foto apreendida pela Polícia Civil

A Polícia Civil desbaratou, nesta quinta-feira (17) um esquema de propinas na fiscalização de trânsito em Niterói. Acusado de achacar motoristas de vans, o inspetor geral dos agentes de trânsito de Niterói, Wagner Pereira dos Santos, foi alvo de operação de busca e apreensão. Na casa dele foi encontrado um cofre com R$ 100 mil, uma arma air soft e um simulacro de distintivo policial. Outros sete investigados também sofreram busca e apreensão determinada pela 1ª Vara Criminal de Niterói.

Wagner e outros sete agentes da Nittrans são acusados de promoverem um esquema de achaque às vans que eles permitiam fazer ponto final junto do Terminal Rodoviário do Centro. Em troca, cobravam todas as sextas-feiras entre R$ 30 e R$ 100 de cada motorista.

Policiais encontraram na casa do inspetor geral da Nittrans uma foto em que ele segura maços de dinheiro fazendo uma careta para a câmera. Segundo apurou a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), o esquema rendia R$ 40 mil mensais para a organização criminosa.

As investigações começaram com uma denúncia anônima sobre a cobrança de propina para que vans pudessem estacionar no entorno do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro, sem o risco de serem multadas. Ao longo da apuração, os próprios servidores da Nittrans expuseram o esquema, contando que os inspetores normalmente extorquiam dos motoristas às sextas-feiras. Os funcionários ainda afirmaram que Wagner assediava mulheres dentro da repartição.

“Ouvimos funcionários da prefeitura que corroboraram com as informações da extorsão”, destacou o delegado André Neves. Ele orienta para as vítimas do achaque procurarem a Draco, “a fim de ajudar a identificar outros atores desse esquema criminoso”.

Wagner Pereira dos Santos foi nomeado por concurso como “agente de trânsito”, em março de 2005. Desde setembro de 2019 era inspetor geral da Secretaria de Urbanismo e Mobilidade, com salário de R$ 16,8 mil. Credenciado como “agente de autoridade de trânsito” desde julho de 2019, com mais 33 agentes de trânsito passou a ter competência para lavrar autos de infração.

Apesar de a cobrança de propina de motoristas de vans acontecer há muito mais tempo, somente hoje, após a ação de busca e apreensão feita pela polícia, inclusive na sede da Nittrans, foi que a prefeitura de Niterói exonerou o inspetor geral.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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