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Polícia caça policiais em DP de Niterói

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A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e o Ministério Público Estadual (MP) fazem hoje (05/09) uma operação para prender quatro policiais civis suspeitos de extorquir criminosos. Segundo o MP, os agentes atualmente lotados em Niterói, na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) levantavam informações sobre pessoas envolvidas com atividades ilícitas e depois passavam a exigir dinheiro para que elas não fossem presas.

Os seis foram denunciados pelo MP por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção. Os mandados são contra os policiais Carlos Tadeu Gomes Freitas Filho, 33 anos, Xavier Fernandes Coelho, 50 anos, Rafael Ferreira dos Santos, 37 anos e Delmo Fernandes Baptista Nunes, de 57 anos. Na casa de Rafael a polícia apreendeu R$ 40 mil em dinheiro.

Também estão sendo cumpridos mandados contra duas pessoas que atuavam como informantes desses policiais. A Operação “Quarto Elemento” cumpre outros 19 mandados de busca e apreensão, sendo dois em unidades policiais, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria Estadual de Segurança e da Corregedoria Interna da Polícia Civil.

O esquema começou dentro da Delegacia de Santa Cruz (36ª DP) e continuou após a transferência do grupo para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio deste ano.

Em uma das ações, os policiais extorquiram uma mulher que dirigia um Citroen C3 roubado. Quando os agentes souberam da informação, abordaram a vítima em sua casa e informaram que ela seria presa se não pagasse R$ 10 mil a eles.

De acordo com o MP, em alguns casos, as vítimas eram levadas para dentro da delegacia, sob a ameaça de prisão, e agredidas fisicamente. De acordo com as investigações, os policiais permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática de crimes.

Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava fazendo tortura psicológica. As vítimas de extorsão eram levadas para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime. Os policiais e os informantes ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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