O domingo de ontem poderia muito bem ter sido feriado em homenagem a José Alves Pinheiro Júnior — e não seria exagero. Aos 91 anos, completados com alegria ao lado da família em Niterói, o jornalista reafirma sua vitalidade e paixão pela profissão que abraçou há mais de sete décadas. Com espírito de repórter intacto, Pinheiro Junior anunciou o lançamento de seu novo livro, Fantasmas Baldios, marcado para o dia 14 de dezembro, às 16h, na livraria Blooks, na entrada da Reitoria da UFF, em Icaraí.
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, e radicado em Niterói desde jovem, Pinheiro Junior construiu uma carreira brilhante na grande imprensa nacional. Foi no jornal de Samuel Wainer que, aos 18 anos, assinou sua primeira grande reportagem, “Juventude Transviada”. A série foi publicada em 30 edições do jornal, em 1955. Mostrava o comportamento dos jovens da Zona Sul carioca.
Inteligente, competente e sagaz logo passou para o comando do jornal sem perder a flama de repórter. Chefiou a redação de importantes órgãos de imprensa: Última Hora, O Jornal, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, A Crítica de Manaus, O Fluminense e O Globo. E mais as revistas Manchete, Brasil Mais e Revista da Semana. Atuou nas tevês Globo, Rio e Educativa, sempre em funções jornalísticas. Mas também produziu programas musicais para as rádios MEC e JB.
Imortal da Academia Fluminense de Letras, ocupa a cadeira 11, que tem como patrono José Clemente. Diz que “se rejuvenesce escrevendo novelas e romances”. Depois de “A febre de notícias ao entardecer”, que lançou há três anos, já está com uma nova obra no prelo, “Fantasmas baldios”, ilustrado com fotografias feitas pelo filho Leo Pinheiro.
– Minha fúria pelo romance se iniciou há muito tempo com “Mefibosete e outros absurdos”. Continuou com “A Última Hora (como ela era)”, “Bombom ladrão” e a cumplicidade de coautoria em “Aventuras dos meninos Lucas-Pinheiro”, “Voo de Ícaro” junto com Byafra (sobrinho), e o ‘Esquadrão da Morte”, com o repórter Amado Ribeiro – diz Pinheiro Junior, ele próprio também personagem do livro “Samuel Wainer – o homem que estava lá”, de Karla Monteiro.
A nova obra é descrita como uma narrativa “pretensamente erótica” que mergulha nas crenças e crendices da família humana. A capa traz uma foto exclusiva de Léo Pinheiro, retratando a famosa escultura do beijo do Museu Rodin, em Paris. O livro é ilustrado com imagens que reforçam o conteúdo simbólico e surreal da trama.
A história se desenrola em um terreno baldio onde fantasmas shakespeareanos transitam entre bruxas e tragédias passionais. O protagonista, Marcos Alcântara, morre e ressuscita das próprias cinzas para investigar sua sina na Biblioteca Nacional. A narrativa ganha contornos históricos com a presença de figuras da Inquisição, como Torquemada e Savonarola, culminando em um desfecho surpreendente. A obra encerra com uma bibliografia que pode ter inspirado o enredo.
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