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Para evitar cracudos, clube de Niterói fecha portaria com muro de tijolos

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A portaria do Clube dos Pioneiros está sendo lacrada com tijolos para evitar que acampem sob a marquise

A que ponto chegou Niterói com a ocupação de suas calçadas, praças e marquises pelos moradores de rua e viciados de drogas. O Clube dos Pioneiros, no Vital Brazil, está fechando com tijolos a portaria da Rua Souza Dias. É para evitar que cracudos acampem debaixo da marquise.

Para bloquear o espaço de 15m², o clube comprou os tijolos e os vizinhos contrataram a mão-de-obra para tentar afastar dali as brigas e gritos que aconteciam dia e noite, além de muita sujeira deixada na calçada.  

No Centro de cidade, donos de lojas vazias no Edifício Working Center também mandaram fechar as portas com tijolos. Isto porque, depois de ter suas calçadas ocupadas por moradores de rua e dependentes químicos, escritórios da Avenida Amaral Peixoto, foram assaltados.

Enquanto isso, o prefeito Axel Grael passa oito dias em viagem à França. Foi dia 13 para Bordeaux, com retorno previsto para o próximo sábado (21). Diz que foi participar de um encontro de cidades do mundo para discutir sobre “serviços digitais que respeitem os direitos humanos”.

Como observou um leitor da coluna, “a prefeitura está protelando um problema, que até um ou dois anos atrás era só de assistência social, para transformá-lo em segurança pública”.

Está difícil para o niteroiense conviver com tanto desleixo da prefeitura que conta com 65 secretarias, autarquias e empresas públicas empregando milhares de comissionados apadrinhados políticos.

Niterói se vê transformada num imenso albergue de moradores de rua e pedintes. Suas ruas viram dormitório a céu aberto. Senhoras e idosos são abordados com afronta e ameaças e muitos temem até sair de casa.

Mas Grael e seu numeroso estafe cuidam da incorporação de direitos humanos nos serviços digitais do município. Precisam da máquina burocrática arrecadando a pleno vapor um dos IPTUs mais caros do país. Essa IA não é a inteligência que Niterói espera. O niteroiense não quer saber de artificialismo, mas de atitudes concretas para a terra de Arariboia voltar a sorrir.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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