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Pacientes na Justiça contra Unimed Rio

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A recusa a clientes da Unimed Rio já começou a provocar uma judicialização para garantir o atendimento que desde segunda-feira deixou de ser prestado por médicos da Unimed Leste Fluminense, através do sistema de intercâmbio entre as cooperativas. Os médicos reclamam estar sem receber da cooperativa carioca desde abril, enquanto os pacientes, por sua vez, pugnam por seus direitos contratados com o plano de saúde, cujo pagamento mantém em dia.

Nesta sexta-feira, o advogado Vargas Vila entrou com uma ação cobrando da Unimed Rio o ressarcimento com despesas médicas e hospitalares de um colega de profissão obrigado a gastar R$ 18 mil no Hospital de Clínicas de Niterói. Este advogado estava com dores fortes e indicação cirúrgica para a retirada de cálculos renais, mas não conseguiu ser atendido pelo plano.

Milhares de outros pacientes com consultas marcadas estão sendo informados pelo telefone e até por mensagens de Whats App, que médicos de Niterói deixaram de atender aos planos da Unimed Rio, apesar de acordo firmado  pela Unimed Leste Fluminense com o Ministério Público de que seria mantido o atendimento aos beneficiários da cooperativa carioca.

Crise da Unimed Rio fere quem tem direito à saúde

Em comentários no noticiário sobre a crise da Unimed Rio e a falta de atendimento a pacientes de Niterói, alguns médicos da cidade se julgam vilanizados por esta coluna, pois como trabalhadores têm o direito de receber pelo que produzem com seus talentos e conhecimentos.

Mas a questão é que esta disputa entre cooperados da Rio e da Leste Fluminense não poderia envolver a saúde de 60 mil pessoas. Este é o total de moradores de Niterói, cerca de 12 por cento da população, que depende de atendimento médico através da apresentação de suas carteirinhas da Unimed Rio. São advogados, militares das Forças Armadas, profissionais liberais, comerciantes e donas de casa, boa parte deles idosos que passaram décadas contribuindo a um plano de saúde para tê-lo negado hoje quando mais precisam.

Em um dos comentários, foi dito que “prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. De fato. Os médicos devem sentar à mesa de negociações com suas cooperativas e resolver as questões da melhor maneira possível, mas sem ferir com o boicote o direito à saúde de clientes que pagam em dia as mensalidades dos planos de saúde. Assim será mais prudente e justo.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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