A vez mais recente em que nos vimos foi em meados do ano passado, em um almoço casual num bistrô de Paris. Eu voltava para o Brasil, vindo do casamento de um amigo em Sintra, Portugal, e ele indo a um outro na própria Cidade Luz.
Foi uma alegria só. Brindamos à coincidência niteroiense, à amizade e à vida sob os olhares de Chico Buarque de Holanda, que estava em uma mesa próxima e percebeu que só podia se tratar de brasileiros.
Haroldo disse que nesse período de clausura está dando uma ajeitada geral no apê com o companheiro Marcelo Espíndola. Colocando objetos nos devidos lugares, já encontrou coisas como um jogo de taças de champanhe lindíssimo, que nem lembrava mais. Ocupa também o tempo, ouvindo músicas, vendo filmes, olhando álbuns de fotografias das viagens, indo para a cozinha criar pratos, fazer bolo de frutas e de chocolate, tortas e lavar louças.
– Está sendo um aprendizado muito grande de convivência permanente e contínua, servindo para eu me aproximar mais de Marcelo. Reservamos uma parte da noite para tomar um prosseco e desanuviar a tensão pela incerteza de por quanto tempo vai durar essa paralisação no país.
Haroldo Enéas começou ainda jovem promovendo a festa de colegas do colégio. Muitos queriam comemorar seus aniversários como os de Haroldo.
Aí começava a carreira do promoter mais badalado de Niterói, que com muito bom gosto, sofisticação, criações ousadas, sabendo escolher sempre a boa comida, a bebida digna e a música perfeita para o clímax da noite ou do dia, sempre com uma decoração colorida e bastante animada, faz com que suas festas sejam badaladas e, por isso, ter sempre muita gente na expectativa de ser lembrada em suas listas de convidados.
Com tantas lembranças boas, vamos continuar rezando para a vida voltar ao normal, com a alegria de sempre, em nossa tão querida Cidade Sorriso.
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