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O dia em que o sapo barbudo virou jararaca

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Ao sentir que não seria eleito presidente da República na campanha de 1989, Leonel Brizola disse que teria de “engolir o sapo barbudo”, o sindicalista Lula que havia criado o PT. Fernando Collor, o caçador de marajás, foi eleito, mas apeado do poder antes de cumprir seu mandato.

Hoje, 27 anos depois, o sapo se disse serpente quando foi obrigado a depor na Polícia Federal pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. Lula contrariado com a “condução coercitiva” bravejou: “Se quiseram matar a jararaca não bateram na cabeça; bateram no rabo e a jararaca está viva, como sempre esteve”.

Tão viva está a jararaca que na próxima terça-feira (22-03) tomará posse como ministro chefe da Casa Civil da presidente Dilma, depois de ter dito cobras e lagartos do juiz Moro, dos procuradores do Ministério Público e dos delegados da Polícia Federal.

As jararacas, antes de vida rural, se adaptaram bem às áreas urbanas, alimentando-se de ratos que encontram em meio ao lixo orgânico mal descartado pela população, afirma o biólogo Cláudio Machado, chefe do serpentário do Instituto Vital Brazil (IVB), em Niterói. É em cidades, como o Rio de Janeiro, onde elas fazem a maioria de suas vítimas humanas. No ano passado foram notificados 30 mil acidentes (picadas de cobra) no país.

As Buthops (nome científico das mais de 20 espécies de jararacas) têm coloração que permite sua camuflagem em árvores e no meio do mato. A jararaca réptil não escuta ninguém, é completamente surda, e destila veneno perigoso. A jararaca política, por sua vez, também se faz de cega quando diz que não viu nem sabe de nada.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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