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Niteroiense encontrada sem vida na Indonésia; família aponta falhas graves no resgate

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Juliana só foi resgatada, já sem vida, 86 horas depois de sofrer a queda no vulcão / Reprodução redes sociais

A niteroiense Juliana Marins, 26 anos, foi encontrada sem vida após quatro dias de angústia, sozinha e à espera de socorro no interior de um vulcão na Indonésia. A informação foi confirmada pela família nesta terça-feira (24) por meio do perfil @resgatejulianamarins no Instagram.

Juliana fazia uma trilha pelo Monte Rinjani quando na última sexta-feira sofreu uma queda. Segundo relatos da família, ela teria sido deixada para trás pelo guia que a acompanhava, situação que agravou ainda mais o cenário de desamparo em que se encontrava.

O resgate de Juliana Marins levou mais de 86 horas desde o momento da queda até que as equipes conseguissem alcançar o local onde ela estava no Monte Rinjani. Ela caiu durante uma trilha na tarde de sexta-feira (21) — no horário local, sábado no Brasil — e permaneceu em uma encosta íngreme e de difícil acesso por quatro dias, sem água ou comida ou enquanto familiares e autoridades pressionavam por uma resposta mais ágil para o seu resgate.

As condições climáticas adversas, como neblina densa e ventos fortes, além da geografia acidentada da montanha, dificultaram o uso de helicópteros e o avanço das equipes por terra. Familiares e amigos denunciaram a lentidão e a falta de coordenação das autoridades locais, especialmente da administração do parque responsável pela região. A resposta foi considerada tardia diante da gravidade do caso.

Nem a pressão exercida nas redes sociais e os pedidos formais feitos pelo também niteroiense Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasi, conseguiram acelerar as buscas.

Segundo o comunicado publicado no perfil @resgatejulianamarins no Instagram, a família informou:

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”.

A nota é marcada por um tom de profunda dor, mas também de gratidão pela mobilização e solidariedade recebidas ao longo dos dias de busca.

A morte da jovem gera forte comoção e levanta questões urgentes sobre a responsabilidade de operadores turísticos e a necessidade de protocolos mais eficazes de segurança e salvamento em destinos de aventura. Sua memória agora se une à luta por mais respeito à vida e à dignidade dos viajantes.

Agora, só nos resta esperar que as autoridades brasileiras, diante da tragédia envolvendo a niteroiense Juliana — que comoveu o país e, em especial, nossa cidade — providenciem o translado de seu corpo, para que ela tenha um sepultamento digno, cercada por familiares e amigos, na cidade que tanto amava.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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