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Niterói só limpa bueiros depois que cidade sofre com ruas inundadas

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Somente depois do estrago da chuvarada é quando Niterói limpa os bueiros da cidade

A limpeza dos bueiros, rios e canais de Niterói não vem sendo executada como deveria. Somente agora, após os estragos causados pela chuvarada do último fim de semana é que a prefeitura botou o bloco na rua. Funcionários da Clin e da Secretaria de Conservação são vistos nesta segunda-feira em alguns pontos da cidade fazendo a desobstrução das chamadas boca-de-lobo ou sarjetas. Ao longo do ano, são raríssimas as intervenções para desentupir os ralos.

As últimas chuvas encontraram Niterói despreparada para o escoamento da água. Não é preciso mais do que uma chuvinha qualquer para as ruas virarem rios. Tanto a falta de manutenção periódica quanto a antiguidade das redes pluviais causam grandes prejuízos à população que paga um dos IPTU mais caros do país, e que vê a cidade largada apesar da bilionária arrecadação de R$ 5,4 bilhões.

Essa dinheirama bem que daria para a remodelação da rede pluvial. No entanto, boa parte dela é gasta em marketing, shows milionários e mega obras superfaturadas que nunca terminam, além da despesa com 65 órgãos com status de Secretaria para atender partidos e vereadores da base aliada, com 7 mil cargos comissionados.

O prefeito Axel Grael ainda tem 11 meses para assumir de fato o seu governo, em vez de se deixar governar pelo estafe do ex-prefeito e secretário executivo Rodrigo Neves. Sem assumir às rédeas da administração, a Grael sobra todos os ônus do desgaste de uma administração eivada de irregularidades investigadas pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério Público.

Os vereadores também têm culpa porque, em vez de cobrarem providências do prefeito para resolver problemas cruciais da população, mostram-se mais interessados em manter seus apaniguados pendurados nas boquinhas do governo.

Axel Grael devia se lembrar que pertence a uma família de velejadores consagrados mundialmente e respeitados na cidade, antes de deixar seu sobrenome envolvido num mar de lama recheado de denúncias de malversação de dinheiro público – como o escândalo da Emusa – e por obras com contratos superfaturados.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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