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Niterói perde Agnaldo Zagne, um verdadeiro médico de família

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Ao lado da esposa Ana (na foto à esq), Zagne recebe as medalhas Albert Sabin e José Clemente Pereira, e o título de Cidadão Niteroiense entregues pelo ex-vereador Magaldi em dezembro de 2014

Niterói perdeu na noite de domingo (29) seu verdadeiro médico de família, Agnaldo Zagne, aos 76 anos. Por uma vida inteira ele carregou sua pequena maleta de couro para socorrer com presteza um doente em casa, no hospital, no consultório ou, ainda, orientava um paciente pelo telefone, a qualquer hora do dia e da noite.

Sua experiência e competência como clínico geral era tão grande, que ele fazia o diagnóstico só de olhar e ouvir o que o paciente estava sentindo. Extremamente carinhoso e cuidadoso, o dr. Agnaldo não deixava nenhum doente sair do consultório sem ser minuciosamente apalpado dos pés à cabeça. Ele usava os laboratórios apenas para confirmar aquilo que já descobrira na consulta.

Agnaldo se dedicou exclusivamente à saúde, ainda como residente e depois professor da Faculdade da UFF, tendo sido também diretor do Hospital Antonio Pedro e secretário de Saúde de Niterói. Como mestre de Clínica Médica era referência para os colegas, tendo formado gerações de profissionais que hoje atuam em Niterói e em vários pontos do Brasil.

Sua vida não foi nada fácil, mas de muito esforço e sacrifício. Nascido no distrito de Valão do Barro, no pequeno município de São Sebastião do Alto, lá foi alfabetizado pela mãe. Veio adolescente morar em Niterói para estudar como bolsista do Salesianos, onde em outro turno trabalhava na biblioteca do colégio, como compensação.

Aluno aplicado, passou logo no vestibular para a Faculdade de Medicina da UFF. Depois de formado, Agnaldo Zagne continuou sendo um estudioso atento, acompanhando de perto os avanços da medicina e da saúde no Brasil e no mundo.

Casado com a psicóloga e terapeuta Ana Maria Zagne, deixa os filhos Marcelo, dentista, e Vanessa, médica dermatologista, além de quatro netos. O corpo será cremado na terça-feira (31), devendo o velório acontecer das 12h15m às 16h15m, no Salão Nobre do Cemitério Parque da Colina (Estrada Francisco da Cruz Nunes, 987, Pendotiba, Niterói).

Com a morte de Agnaldo Zagne a cidade perde uma figura humana e da medicina, fora de série, com relevantes serviços prestados. Seus colegas vão sentir falta do excepcional conselheiro e amigo. Seus clientes ficaram órfãos de um doutor carinhoso, dedicado e competente.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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