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Niterói deixa biblioteca fechar

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A Biblioteca Parque de Niterói está com as portas fechadas. Deu traça no convênio de repasse de verba anunciado com muito alarde pelo prefeito Rodrigo Neves. O Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) dispensou todos os funcionários na semana passada porque a Prefeitura de Niterói, que em dezembro renovou convênio com a Secretaria Estadual de Cultura para garantir o funcionamento do espaço, deixou de fazer o pagamento de R$ 150 mil mensais para a manutenção do equipamento cultural.

Com a biblioteca estadual fechada na Praça da República, onde foi fundada nos anos 30, ficaram prejudicados cerca de 600 frequentadores que ali vão todos os dias fazer pesquisas, estudar ou ler algum dos milhares de livros do acervo.  A biblioteca oferecia, ainda, cursos e atividades para crianças, dispondo de um acervo múltiplo, diversificado, com filmes e livros. Também a Academia Fluminense de Letras (AFL) está sem poder usar sua sede ali instalada. A AFL completa em junho cem anos de existência.

Em dezembro de 2015, o prefeito Rodrigo Neves assinou um convênio com o governo do Estado para garantir o funcionamento da Biblioteca Parque de Niterói. Ao longo de 2016, os repasses mensais de R$ 160 mil foram feitos com atraso, o que chegou a ocasionar novo fechamento da biblioteca. Em dezembro passado, o prefeito renovou o convênio com a Secretaria Estadual de Cultura, mas pagou somente R$ 180 mil em fevereiro, em vez dos R$ 450 mil de dispêndio previsto para os três primeiros meses do ano.

De olho no governo do Estado, cuja candidatura já botou veladamente na rua, o prefeito de Niterói tem assumido outros compromissos do Estado no município, como a reabertura do Restaurante Popular e o pagamento de bonificação de R$ 3,5 mil para cada policial lotado na cidade. Tudo, claro, como muito alarde na mídia local e através de gastos de mais de R$ 15 milhões anuais com publicidade.

Ao mesmo tempo, conseguiu que a Câmara de Vereadores aprovasse um pacote de arrocho fiscal que prejudicou o funcionalismo público, em especial o magistério que ficou sem o pagamento de melhorias prometidas desde quando assumiu a prefeitura em 2013. Rodrigo Neves também passou a cobrar juros compensatórios nas parcelas mensais dos carnês do IPTU alegando que a prefeitura tinha que se precaver da crise que afeta o Estado e a economia nacional.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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