Neste ano em que Niterói completa seu 450° aniversário de fundação, o prefeito Axel Grael deveria se preocupar também com a memória da cidade. Poderia começar recolocando no lugar placas de inaugurações de obras de prefeitos anteriores. E, ainda, mandar repor em seus pedestais os bustos de figuras históricas que sumiram dos parques e jardins nem sempre bem cuidados.
A placa que marcava a inauguração do túnel Raul Veiga, na gestão de Moreira Franco, ligando Icaraí a São Francisco, foi retirada há muitos anos, segundo a Coluna apurou.
Já as duas placas do Museu de Arte Contemporânea, uma com os nomes dos prefeitos Jorge Roberto Silveira, que fez grande parte da obra, e João Sampaio, que concluiu; e a que trazia a assinatura de Oscar Niemeyer, também desapareceram. Essas duas peças foram confeccionadas com a orientação do arquiteto, que se preocupava com a colocação de quaisquer elementos estranhos que pudessem interferir na sua obra.
Está virando uma triste rotina para a memória niteroiense o sumiço de estátuas e outros objetos. O busto de Feliciano Sodré, que ficava na Praça Renascença, em frente à antiga estação de trem, desapareceu. E até hoje a prefeitura não sabe explicar que fim levou o relógio Rolex que ficava em um pedestal na Praça Martim Afonso mostrando a hora certa a quem chegava de barca a Niterói ou ia para o Rio.
Na Praça César Tinoco, no Ingá, os frequentadores perguntam: “Cadê o busto do Casimiro de Abreu que estava aqui?” Ninguém sabe, ninguém viu. Há pelo menos cinco anos, o monumento em homenagem ao poeta mais popular do Romantismo brasileiro, vinha sendo furtado. Primeiro, levaram os ornamentos em bronze que envolviam o pedestal de granito, depois as letras da placa e, por fim, o busto inteiro desapareceu.
Já era tempo da Guarda Municipal guarnecer melhor o patrimônio municipal, largado a própria sorte. O antigo prédio do Tribunal de Contas na Jansen de Melo, cedido ao município, teve furtado até o elevador. Abandonado, o imóvel conhecido como Bolo de Noiva, também teve portas, janelas e verdadeiras obras de arte arquitetônica afanadas.
Outros órgãos municipais também deveriam estar zelando pelo patrimônio cultural de Niterói, como a Secretaria de Conservação (Seconser). O historiador Emmanuel de Macedo Soares enumerou e descreveu 53 deles, no livro “Monumentos Históricos de Niterói”. Não são muitos, mas praticamente todos ou estão pichados ou com o bronze azinabrado, sofrendo os efeitos da corrosão do metal. Mais sorte terá Paulo Gustavo e a personagem Dona Hermínia, que a prefeitura instalou no Campo de São Bento. A obra foi feita em concreto armado, sem valor para os ladrões, mas não está livre dos pichadores.
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