Todos os médicos do Mário Monteiro, assim como dezenas de profissionais de outras unidades da rede pública de saúde, são contratados como autônomos, recebendo através de RPAs há mais de cinco anos. Este pagamento é feito com atraso de dois meses. Apenas a enfermeira Itamar Tavares de Souza Mello, que dirige a unidade de urgência, e o diretor médico, pediatra José Moura Nascimento, são contratados por cargos comissionados e recebem todo dia 2 de cada mês.
Os cirurgiões demitidos davam plantão das 7h às 19h, um em cada dia da semana. Sem esses especialistas ficou difícil prestar atendimento a vítimas de traumas e lesões provocadas por atropelamentos, queda de motos, colisão de veículos, queimaduras, etc. Também são eles que avaliam casos de apendicite, cálculo de vesícula, obstrução de intestino, tratamento de feridas(escaras), e fazem punções de tórax e abdômen.
O médico cubano Ramon Lorenzo Sanchez é o vice-presidente de Atenção Hospitalar (Vipahe) da FMS, que administra as unidades de pronto-atendimento da rede municipal. Há um ano ele demitiu o cirurgião que dava plantão noturno no Mário Monteiro para contratar um pediatra para a noite, a fim de satisfazer uma exigência do Conselho Regional de Medicina que constatara a falta de profissionais para atender crianças naquele horário.
Como os postos do Médico de Família mal conseguem prestar a assistência básica de saúde em Niterói, pacientes desassistidos procuram o Mário Monteiro, que está sobrecarregado. Um médico conta que “se um paciente precisa de uma consulta com especialista ou de um exame de imagem ou laboratorial, isso demora meses para ser feito, quando conseguem marcar. Por isso procuram o pronto atendimento da cidade que é o Mário Monteiro, onde médicos e funcionários trabalham com medo, pois recebem ameaças de morte, são agredidos com cadeiradas na cabeça, como aconteceu com um clínico geral que pediu demissão. Ele negara um pedido de Raio-X feito por uma paciente, relatando que não havia necessidade, e foi agredido”.
Assim como os médicos, são contratados por RPA, alguns há mais de cinco anos e até há 12 anos, sem direito a férias, décimo terceiro salário ou Fundo de Garantia, os enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos de gesso, de Raio-X, e do laboratório de patologia clínica. No quadro de cerca de 200 profissionais do Mário Monteiro, apenas dois motoristas, dois assistentes administrativos, uma pediatra e dois técnicos são servidores públicos estatutários.
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