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Morre Gilson Cantarino, 71 anos, uma vida inteira dedicada à saúde pública

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O médico psiquiatra e ex-secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino O’Dwyer, 71 anos, será sepultado hoje (22/10), às 17h, no Cemitério do Maruí. Era um médico preocupado com a Saúde Pública. O prefeito Axel Grael decretou luto oficial por três dias e já anunciou que o Hospital Oceânico vai receber o nome do médico niteroiense, formado em 1975 pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Em 1977, Cantarino criou o “Projeto Niterói”, na gestão do prefeito Moreira Franco, construindo 13 postos de saúde nos bairros. Foi secretário de Saúde de Niterói por dez anos (1989-1999). No governo de Jorge Roberto Silveira implantou o “Médico de Família”, copiado em quase todo o país.

Gilson Cantarino também foi membro da Comissão Especial que estudou e criou o Sistema Único de Saúde (SUS), mostrando com entusiasmo o resultado positivo de seus projetos embrionários na ex-capital fluminense.

Foi secretário de Saúde nos governos de Anthony e de Rosinha Garotinho (1999/2006), tentando implantar uma administração profissional que trouxesse uma saúde digna a população fluminense. Mas encontrou uma máquina pública emperrada e viciada que ele não conseguiu forças para derrubar.

Isso lhe trouxe frustração e decepção, causando-lhe uma depressão profunda que o levou ao isolamento durante anos. A saúde deve muito a Gilson Cantarino. Ele se preocupava em dar uma assistência médica digna às pessoas mais humildes.

Era pós-graduado em psiquiatria geral e em psiquiatria infantil pela UFRJ; e médico concursado do Ministério da Saúde e da Fundação Municipal de Saúde de Niterói.

Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) manifestou seu “imenso pesar pelo falecimento de Gilson Cantarino O’Dwyer, presidente do Conass de 2003 a 2005, integrante da assessoria técnica e membro permanente do Conselho Consultivo”.

Sobre a vida pública de Cantarino, o Conass destaca ter ele deixado “um legado de luta e defesa da saúde pública e compromisso com o Sistema Único de Saúde por meio de seu trabalho na gestão do SUS, nos âmbitos municipal e estadual. No Conass, fica a alegria de todos que conviveram e trabalharam com o Dr. Gilson, uma pessoa querida, gentil e amável que deixa boas lembranças e muita saudade”.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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