Publicidade
Notícias

Maricá cobra ITBI na venda de imóveis que avalia três vezes acima do mercado

Publicidade

O ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis) está sendo cobrado pela prefeitura de Maricá sobre duas e até três vezes mais o valor de venda de um terreno ou uma casa, reclamam os contribuintes. Segundo eles, a administração do prefeito petista Fabiano Horta não considera a crise econômica que o país vem atravessando, a qual afeta em cheio a construção civil e o mercado imobiliário.

Uma moradora de Inoã comprou um terreno por R$ 80 mil, mas o imóvel foi avaliado pela prefeitura de Maricá em R$ 250 mil, e o ITBI cobrado no valor de R$ 5 mil. Um outro morador de Maricá conta que a prefeitura atribuiu a seu imóvel a avaliação de R$ 169 mil, cobrando mais de R$ 3 mil de ITBI. Ele tentou questionar apresentando a avaliação de R$ 88,5 mil feita por um perito judicial e lembrou que o local não tem rede de água nem de esgoto, a casa é geminada e situada em um loteamento de baixa renda.

Para o contribuinte que tenta impugnar o valor acima de mercado atribuído a seus imóveis para o pagamento do ITBI, a prefeitura de Maricá exige um laudo técnico de engenheiro ou arquiteto e três amostras imobiliárias com indicação de negócio jurídico com valor de venda do mercado. No entanto, para obter toda essa documentação, o interessado vai ter que gastar, em muitos casos, uma quantia superior ao imposto cobrado, sem falar que as imobiliárias não cedem cópias de negócios de terceiros para pessoas desconhecidas.

Este ano, a prefeitura prevê arrecadar R$ 12.312.011,46 com o ITBI, em um orçamento anual previsto no total de R$ 2,7 bilhões. Em 2018, arrecadou bem mais com esse imposto, no montante de R$14.749.005,90, dentro de uma receita total de R$ 2,076 bilhões. Em 2017, o ITBI arrecadado somou R$ 10.972.923,86, dentro da receita orçamentária total de R$ 1,2 bilhão.

Nadando em royalties do petróleo, a prefeitura de Maricá pouco oferece em contrapartida de serviços urbanos aos contribuintes. O município conta com água da Cedae apenas no Centro e o saneamento é feito por conta dos moradores através de fossas instaladas pelos próprios nos imóveis. O calçamento das ruas que vem sendo executado há alguns anos, é feito com a aplicação de uma camada de massa asfáltica sobre uma base de pedra britada. Não é feita instalação de redes de drenagem e, em cerca de dois anos, o asfalto começa a esburacar nas ruas de maior movimento.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

Gruta de Santo Antônio conquista o InspiraRio na categoria gastronomia

Dona Henriqueta e o filha Alexandre Henriques com o prêmio Inspirario conquistado pela Gruta de…

16 horas ago

Cidadania elege novo presidente no RJ e reafirma apoio a eleição de Paes a governador

Eduardo Paes ressalta a importância da aliança com o Cidadania / Foto: Divulgação O Congresso…

4 dias ago

São Gonçalo: refém da violência está esquecido na guerra contra o crime

Câmera de segurança flagra morador sendo assaltado ao chegar em casa, em São Gonçalo /…

1 semana ago

Urologista Leandro Casemiro Cezar destaca prevenção do câncer de próstata

O doutor Leandro Casemiro vai falar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce…

1 semana ago

Água na torneira? Só às vezes. Mas conta chega cheia aos moradores de Maricá

Operários cavam valas para instalar canos e hidrômetros em todas casas, como as da praia de Maricá…

2 semanas ago

CHN+Vidas amplia rede de prevenção cardíaca em academias de Niterói

Participante do programa CHN+Vidas aprende a aplicar a reanimação cardiopulmonar / Divulgação O programa CHN+Vidas,…

2 semanas ago
Publicidade