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Maria Virgínia, uma vida inteira dedicada à enfermagem nos hospitais de Niterói

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No Dia das Enfermeiras, hoje (12/05), o cirurgião Guilherme Eurico, um decano da medicina, lembra de Maria Virgínia Pinheiro Castanheira. Ela dedicou-se integralmente à profissão, salvando muitas vidas nos hospitais de Niterói, juntamente com os médicos.

Menina ainda, ajudava a mãe e 13 irmãos trabalhando na roça em Ponte Nova, Minas Gerais. Todo mundo ficava impressionado com a habilidade manual que Maria Virgínia exibia ao separar os órgãos do porco, depois de abatido, para consumo da casa.

Veio para Niterói tentar a carreira de médica. Conclui o antigo curso científico no Colégio Batista, no Ingá. Passou no vestibular da Faculdade de Medicina de Teresópolis, mas teve que trancar a matrícula por não poder pagar a mensalidade.

Resolveu trocar de curso e ingressou na Faculdade de Enfermagem da UFF. Depois de formada, atuou como instrutora de alunos. Na tragédia do incêndio do Gran Circo Norte-Americano, ela se apresentou como voluntária no Hospital Antônio Pedro, em 1961, passando a trabalhar com a equipe comandada por Ivo Pitanguy. O cirurgião plástico também foi voluntário para o tratamento das dezenas de pessoas queimadas.

Maria Virgínia acabou contratada pelo hospital universitário, onde trabalhou por cinco anos.  Foi quando passou no concurso para o governo federal, sendo lotada no Hospital Orêncio de Freitas, no Barreto. Ali ajudou a montar o Centro Cirúrgico, que chefiou por mais de três décadas.

Trabalhando num hospital de residência médica cirúrgica, várias gerações de doutores operaram ao seu lado. Todos reconhecem a sua competência, experiência e espírito humanitário com os pacientes.

Aos 88 anos, Maria Virginia diz que assiste pela televisão o esforço de seus colegas, se arriscando para salvar vidas do Covid-19, muitos sem contar sequer com equipamentos adequados de proteção. Afirma que, se fosse mais nova, se apresentaria novamente como voluntária nesse batalhão de anônimos profissionais de saúde na linha de frente do enfrentamento à pandemia do coronavirus.

Seguiu os exemplos de Ana Nery, voluntária durante a Guerra do Paraguai, patrona das enfermeiras pela dedicação, amor e patriotismo. Ana Nery acompanhou corajosamente as tropas brasileiras, estando sempre ao lado dos enfermos com enorme abnegação.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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