A opinião é de muitos usuários. De uma maneira geral o serviço da Uber e 99 estão muito ruins na cidade. Muitos carros da 99 rodam caindo aos pedaços – são comuns faróis e lanternas queimados, suspensão batendo, freios chiando. Não são carros velhos, mas mal tratados.
“Já peguei carros ano 2017 aqui num estado lamentável, com problemas sérios devido ao mau uso e outros com até 20 anos de uso em excelente estado. O que vale é a manutenção básica, simples, rotineira, que motoristas de aplicativos muitas vezes não fazem e o carro ‘acaba’” , explica o experiente mecânico Jorge Leme.
O pior quer alguns desses maus motoristas tentam justificar a lambança. Dizem que “economizam” porque a 99 é mais barata do que a Uber. Um argumento esdrúxulo do tipo “o serviço é porco porque é mais barato”.
A Uber embolsa 25% de cada corrida e a 99 fica com 10%. A Uber tem carros um pouco melhores, mas muitos motoristas também dirigem mal. Não conhecem Niterói, alguns não sabem sequer mexer no GPS, outros andam com insulfilm preto no vidro da frente, afrontando a lei que exige, no mínimo, 75% de transparência. Sem enxergar nada botam em risco a própria vida, a do passageiro, de outros motoristas, pedestres, ciclistas.
Tanto na 99 quanto na Uber muitos motoristas desconhecem as leis básicas do trânsito. Param em qualquer lugar e acham que ligando o pisca alerta está tudo resolvido. Onde o trânsito já é um caos, é comum vermos os carros parados em local proibido, parada de ônibus, em frente a uma farmácia ou bloqueando um cruzamento, outra “especialidade”.
Como a maioria absoluta dos motoristas não é de Niterói, vagam como zumbis perdidos pela cidade. Pobre passageiro. Disputam o ranking da bandalha com motoqueiros (alguns agora rodam sem placa), sem escapamento, muitas vezes sem capacete carregando nas costas caixas com os dizeres Uber Eats, iFood, ou verdadeiros armários gigantescos. Fora os moto táxis piratas.
Na Uber e 99 motoristas sérios e responsáveis reclamam dos maus colegas. “Alguns alugam os carros, não fazem manutenção, rodam o dia todo e sequer trocam uma lâmpada. Isso compromete a imagem de todos”, comenta um motorista de Uber dono de um Chevrolet Cobalt. “Estou há dois anos no aplicativo e só vejo a situação deteriorar, mas o outro (99) está bem pior.”
No apagar das luzes do ano passado o governo federal implantou a placa Mercosul (com quatro letras) e como não exige mais a identificação da cidade onde o veículo está emplacado (não existe mais o brasão), ninguém sabe de onde é o carro.
O motorista de um Toyota Etios que trabalha nos dois aplicativos comentou que “muitos são diaristas (proibido, por sinal), prestam serviços para o dono do carro, pagam uma diária, tem que faturar custe o que custar.”
A 99 pertence a empresa chinesa Didi Chuxing. Já a pioneira Uber é norte americana com sede em São Francisco, Califórnia. As duas começaram a atuar por aqui oferecendo um bom serviço, mas com o passar do tempo e o acirramento da concorrência estão longe do que eram no início. Impera a ganância, a falta de respeito.
Muitos motoristas estão deixando a Uber porque a empresa se recusa a configurar o sistema para informar o destino da corrida quando um passageiro chama. “Quando somos chamados não temos a maior ideia de onde está o passageiro e várias vezes aceitei corridas sem saber para onde e acabei entrando em lugares muito perigosos. Quando fui assaltado e espancado perto do Salgueiro, em São Gonçalo, passei a recusar chamados e por isso fui excluído da Uber mas estou aliviado. Na 99 sabemos de onde é o chamado assim que ele é feito”, diz o motorista de um Fiat Punto.
Além dos carros em péssimo estado, também enlouquecem os usuários os motoristas que não conhecem a cidade. “Peguei um que além de nunca ter vindo a Niterói não sabia mexer no aplicativo que utiliza o GPS. Eu tive que ficar ensinando, apavorado, porque ele estava nervoso e só fazia besteiras no trânsito. Foi uma experiência horrível. Tive vontade de pedir para dirigir no lugar dele”, contou um usuário.
Uma professora lamenta. “Tinha tudo para dar certo, uma pena. Pior é o fato da 99 ser mais barata o que quase nos obriga a andar em seu ferro velho. Uma corrida que a Uber cobra 14 reais, na 99 as vezes sai por 7. Se a Uber fizesse o mesmo preço eu trocaria, mesmo com motoristas péssimos”.
Um bancário é enfático. “Ando nesses carros porque, felizmente, há três anos não sei o que é um táxi amarelo, aquele do Rio. Um antro de marginais, arrogantes, grosseiros. Sei que a Uber caiu muito e que a 99 é um lixo, mas por pior que sejam são mil vezes melhores do que os táxis do Rio. Táxis de Niterói? A maioria dos motoristas é boa, mas é caro demais, um absurdo”.
Enquanto se estapeiam na caça de passageiros pela cidade Uber e 99 esquecem que, em greve, vai começar a operar por aqui a espanhola Cabify, que com um alto padrão de atendimento (no Rio é o maior sucesso) tem tudo para abocanhar o mercado. Afinal, Niterói é uma cidade que não tolera ser mal tratada.
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# Emocionante o lançamento do livro “Toca o barco – Histórias de Ricardo Boechat contadas por quem conviveu e trabalhou com ele”, terça-feira no clube Rio Cricket. Lançamento da Editora Máquina de Livros, de Luiz André Alzer e Bruno Thys. Salões super lotados, concerto da Orquestra da Grota, dezenas de bolas de futebol. A presença de Dona Mercedes, mãe do jornalista, emocionou a todos. Uma festa que aconteceu por causa do empenho de Gilson Monteiro, um dos melhores amigos do Boechat. “Toca o Barco” está em todas as livrarias do país, e também no sitewww.maquinadelivros.com.br .
# Revolta geral em Icaraí, Ingá e Santa Rosa. Uma dupla que há anos circula numa Kombi pelas manhãs anunciando que compram coisas velhas pelo alto falante resolveu abusar de vez. Aumentaram a potência do som, (o barulho está insuportável) e o “locutor” resolveu…cantar. É muita cara de pau.
# Ótima a programação do Centro de Artes da UFF. Criativa, variada, rica. Confira:http://www.centrodeartes.uff.br/
# Como se sabe, Niterói é uma cidade extremamente musical e ama também o rock e o blues. Por isso, milhares de fãs daqui estão inconsoláveis com a morte do vocalista André Mattos, aos 47 anos, de provável ataque cardíaco. Fundador do grupo Angra ele cantava na banda Shaman, ambas de metal fusion, ou metal melódico.
# A edição da semana do programa A Onda, que produzo e apresento na Rádio Pedal Sonoro, já pode ser ouvido em podcast. É só clicar aqui https://bit.ly/2IDFYrt
# Os preços das mensalidades dos planos de saúde individuais subiram, em média, 382% em 18 anos, de 2000 a 2018. O aumento ficou muito acima da inflação oficial do país no mesmo período, de 208%, e também foi mais que o dobro da inflação do setor de saúde, de 180%.
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